Perguntas Frequentes
Para ser um doador, no Brasil, o essencial é ter uma conversa com a sua família demonstrando a sua vontade de ser um doador. No momento certo, eles tomarão a decisão, pois a doação só acontece após a autorização familiar.
Doação em vida ocorre em qualquer pessoa saudável e legalmente capaz que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte dos pulmões e medula óssea. Pela Lei, parentes até o quarto grau (avós, pais, irmãos, tios, sobrinhos, primos e netos) e cônjuges podem ser doadores. Pessoas não aparentadas podem doar somente com autorização judicial (exceto se for doação de medula óssea).
Doação após a morte ocorre com qualquer pessoa em morte encefálica, vítima de dano cerebral irreversível, geralmente causado por traumatismo craniano ou acidente vascular cerebral (AVC). O doador falecido em morte encefálica pode doar órgãos e tecidos (pele, córnea, ossos e válvulas). Pessoas que tenham falecido vítimas de parada cardíaca somente podem doar tecidos no Brasil.
Sim. No Brasil, o diagnóstico de morte encefálica é realizado por meio de um protocolo regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina, em que são realizadas duas avaliações clínicas por médicos diferentes e qualificados para isso. Além disso, o protocolo brasileiro exige a realização de um exame complementar. Tudo isso faz com que o Brasil possua um dos sistemas mais rígidos de comprovação da morte encefálica do mundo.
Coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, válvulas cardíacas, pele, ossos e tendões. Um único doador pode salvar ou melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas. A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico, como qualquer outra cirurgia.
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de transplante e estão aguardando em uma lista de espera unificada.
A posição na lista de espera é definida por critérios técnicos de compatibilidade entre doador e receptor (tais como a compatibilidade sanguínea, antropométrica, gravidade do quadro e tempo de espera em lista do receptor). Para alguns tipos de transplantes é exigida, ainda, a compatibilidade genética.
Quando a doação é autorizada pela família, é a Central Estadual de Transplantes, via sistema, que gera a lista de receptores compatíveis.
Caso não haja receptores compatíveis, ou o estado não realize a modalidade de transplante do órgão doado, a distribuição passará da Central Estadual para a Central Nacional de Transplantes.
O corpo não ficará deformado. Após a retirada dos órgãos, é feita a recomposição do corpo, e o doador poderá ser velado normalmente.
A sigla “OPO” significa Organização de Procura de Órgãos. São organizações instituídas por área de abrangência e suas principais funções são:
- Procura por doadores nas suas regiões de abrangências;
- Criar rotinas para oferecer aos familiares a possibilidade de doação de órgãos e tecidos;
- Promover e organizar ambientes e rotinas para o acolhimento das famílias durante todo o processo de doação nos hospitais;
- Participar das entrevistas familiares quando for solicitado;
- Capacitar profissionais e implementar programa de qualidade e boas práticas relativos as atividades que envolvam doação/transplantes e desenvolver multiplicadores.
Essas e outras atribuições são descritas na Portaria de Consolidação Nº 4, 28 de setembro de 2017, Capítulo III.
Caso tiver outras perguntas, encaminhe por e-mail: centraldetransplantes@saude.rs.gov.br