Último dia de inscrições para Seminário Mídia e Saúde Mental
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Encerra-se nesta terça-feira (13) o prazo para inscrições ao Seminário Mídia e Saúde Mental. O evento será na quinta-feira (15), com abertura às 9h, na sede da Escola de Saúde Pública (ESP/RS), avenida Ipiranga, 6311, em Porto Alegre. A ESP é uma instituição vinculada à Secretaria Estadual de Saúde.
Na programação do seminário, experiências bem-sucedidas em diversos veículos de comunicação, dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, com conteúdo produzido para ou pelos próprios usuários ou prestadores de serviços em saúde mental. Representantes da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert) e da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) participam do evento, no painel "A Visão do Comunicador sobre a Saúde Mental".
O Seminário Mídia e Saúde Mental marca o Dia Nacional de Luta Antimanicomial, comemorado em 18 de maio, e é uma promoção da ESP com o apoio da Agert e da ARI. As vagas são limitadas e as inscrições gratuitas podem ser feitas pelo site http://www.saudementalrs.com.br/formulario2.php .
A escolha do tema
A escolha do tema mídia e saúde mental não foi ao acaso, mas em consonância com o slogan do Mental Tchê - tradicional encontro de mentaleiros do RS. Neste ano, o tema é "Quem não se comunica se trumbica, tchê: Repensando a Mídia Antimanicomial (Reforma Psiquiatrica)". Para a vice-diretora da ESP, a assistente social Miriam Dias, a mídia continua sendo o cenário privilegiado em que se desenrola a base da informação, da análise e da opinião difundidas ao cidadão. "Há um desnível visível entre a pauta de interesse da imprensa e das instituições. Temas importantes de interesse da opinião pública não são abordados com os dados suficientes, nem a profundidade necessária", explica. Segundo ela, hoje, no mundo todo, as relações da mídia com a democracia entraram definitivamente na agenda pública de discussão, questionando o tratamento superficial dado aos fatos, que não dá mais conta da complexidade do mundo contemporâneo.
Memória
O RS foi pioneiro no Brasil na aprovação de uma legislação específica que garantia um tratamento digno aos usuários dos serviços de saúde mental. A Lei da Reforma Psiquiátrica de nº 9716/92, de autoria do deputado Marcos Rolim, aprovada há 16 anos, inspirou uma legislação nacional e várias leis estaduais, em defesa dos direitos humanos dos usuários desses serviços, estabelecendo uma diretriz de saúde pública centrada na promoção da cidadania dos pacientes, na oferta de serviços de saúde mental de natureza comunitária e na opção, sempre em última instância, das internações psiquiátricas em hospitais gerais.