Secretaria da Saúde reforça cuidados de prevenção para a população em abrigos
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A Secretaria Estadual da Saúde (SES) reforça as orientações de cuidados com a saúde para a população que está em abrigos no Rio Grande do Sul. Segundo dados da Defesa Civil, na manhã desta sexta-feira (20/06), o Estado tinha 2005 pessoas vivendo em abrigos e 98 municípios gaúchos afetados pelas fortes chuvas dos últimos dias.
Entre as orientações de saúde, estão a manutenção da higiene pessoal e do abrigo, consumo seguro de água e de alimentos e prevenção a doenças causadas por vetores. Durante os eventos climáticos de 2024 que afetaram o Rio Grande do Sul, a SES e outros órgãos do Governo do Estado também elaboraram orientações específicas de cuidados de saúde no contexto das enchentes, como o cuidado com crianças em abrigos e orientações para voluntários de resgate ou de abrigos de animais resgatados.
Higiene pessoal
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou usar álcool em gel, se disponível, especialmente antes de comer e depois de usar o banheiro;
- Evitar compartilhar objetos pessoais, como toalhas, escovas de dente, talheres ou roupas;
- Manter o corpo limpo, mesmo com pouca água disponível, uma alternativa temporária é o uso de lenços umedecidos;
Higiene do abrigo
- Manter o local limpo e arejado, evitando acúmulo de lixo ou água parada;
- Separar áreas para dormir, comer e ir ao banheiro, sempre que possível.
- Desinfetar superfícies e banheiros, se houver produtos disponíveis (água sanitária diluída, por exemplo).
Cuidados com a água e os alimentos
- Consumir apenas alimentos e água potável fornecidos por fontes seguras;
- Evitar alimentos crus ou malcozidos, que podem transmitir doenças.
- Descartar alimentos com cheiro estranho, aparência alterada ou fora da validade.
- Não beber água de origem duvidosa (rios, torneiras danificadas).
- Se não houver água potável, ferver a água por pelo menos 5 minutos;
- Usar água segura também para escovar os dentes e preparar alimentos.
Prevenção de doenças transmitidas por vetores
- Evitar o acúmulo de água, para reduzir a proliferação de mosquitos (como o Aedes aegypti);
- Usar repelentes e mosquiteiros, se disponíveis;
- Evitar contato com animais peçonhentos.
Continuidade dos tratamentos e grupos vulneráveis
- Quem faz uso de medicamentos contínuos deve procurar as equipes de saúde para manter o tratamento. Levar consigo receitas, documentos de saúde e medicamentos, sempre que possível; -
- Crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas devem ser monitorados com mais atenção;
- Manter o esquema de vacinação atualizado, se possível;
- Procurar ajuda médica ao menor sinal de febre, diarreia, vômito, feridas, tosse persistente ou dificuldade respiratória.
Voluntários em resgate e abrigos de animais
Pessoas que estejam atuando em grupos de resgates a animais em locais atingidos por enchentes ou nos abrigos a esses animais devem procurar uma unidade de saúde ou profissionais de saúde dos municípios e se informar sobre locais de vacinação contra a raiva;
Ambiente seguro para crianças abrigadas
O Comitê Intersetorial da Primeira Infância (Ceipi) do governo do Estado disponibilizou, em 2024, a cartilha orientativa: Promoção do Desenvolvimento Integral na Primeira Infância – Organização de Espaços Seguros no Contexto de Desastres Climáticos.
O objetivo do documento é guiar gestores, profissionais e voluntários na criação de espaços seguros que promovam o desenvolvimento integral das crianças na primeira infância, especialmente em alojamentos provisórios e centros humanitários que acolhem famílias desalojadas.