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Rede Cegonha recebe reforço de R$ 6,6 milhões para quatro maternidades do RS

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Foto mostra recém-nascido num leito de hospital.

As maternidades dos hospitais de Clínicas e São Vicente de Paulo de Passo Fundo, do Hospital de Santa Cruz, de Santa Cruz do Sul  e do Hospital Santo Antônio de Tenente Portela foram contempladas com um total de R$ 6.698.268,81 do programa Rede Cegonha para qualificação da assistência com boas práticas de parto e nascimento.

A Rede Cegonha é uma estratégia do Ministério da Saúde para qualificar o cuidado materno-infantil com enfoque no enfrentamento à mortalidade materna, à mortalidade infantil e fetal e redução dos percentuais de cesarianas.

Com essas referências, o Rio Grande do Sul passa a contar com um total de 28 maternidades integradas à rede. Cabe à Secretaria Estadual da Saúde (SES) a organização da rede e a capacitação dos profissionais junto às regionais, gestão local e prestadores.

Na opinião da chefe de seção da Saúde da Mulher da SES, Nadiane Lemos, a adesão do Estado ao programa em 2012 e a aprovação do plano da Rede na macrorregião metropolitana com um repasse de R$ 25.728.461,64 foram um movimento importante para mudança de processo de trabalho e adequação as práticas de atenção ao parto e nascimento.

A macrorregião metropolitana tem 14 maternidades com financiamento da Rede Cegonha e possui 89 municípios para atender uma população de 4.685.571 habitantes (IBGE 2012). Desde o início de seu funcionamento, as taxas de mortalidade materna passaram de 42,5 (óbitos por 100 mil nascimentos) em 2011 para 27,1(óbitos por 100 mil nascimentos) em 2018. E de mortalidade infantil, de 10,08 (óbitos por mil nascimentos) em 2011 para 9,02 (óbitos por mil nascimentos) em 2018.

Em 2017 a Rede Cegonha passou a contar com pólos de referência nas regiões de Bagé e Alegrete, e em 2018 nas regiões de Pelotas, Lajeado, Erechim e Ijuí. Nesse período, foi destinado um total de R$ 6,9 milhões para fomento da rede de cuidados que abrange o atendimento desde o pré-natal, passando pelo parto e nascimento, puerpério e atenção integral à saúde da criança até os dois anos. “Com a aprovação de planos de outras regionais e habilitação de referências para o alto risco, o Estado passa a contar com o aporte de recurso e, principalmente, o compromisso de articulação da rede para melhor assistência ao parto e nascimento, qualificando os níveis de atenção e reconhecendo as responsabilidades dos envolvidos no processo, gestão, serviços e população”, diz Nadiane Lemos.


Boas práticas do parto e nascimento

Em 1996, a Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu uma classificação das práticas comuns na condução do parto normal, orientando para o que deve e o que não deve ser feito no processo do parto. Esta classificação foi baseada em evidências científicas concluídas através de pesquisas feitas no mundo todo.

Práticas estimuladas:

-Plano individual determinando onde e por quem o nascimento será realizado, feito em conjunto com a mulher durante a gestação e comunicado a seu marido/companheiro
-Avaliação do risco gestacional durante o pré-natal, reavaliado a cada contato com o sistema de saúde
-Respeito à escolha da mãe sobre o local do parto
-Fornecimento de assistência obstétrica no nível mais periférico onde o parto for viável e seguro e onde a mulher se sentir segura e confiante
-Respeito ao direito da mulher à privacidade no local do parto
-Apoio empático pelos prestadores de serviço durante o trabalho de parto e parto
-Respeito à escolha da mulher sobre seus acompanhantes durante o trabalho de parto e parto
-Fornecimento às mulheres sobre todas as informações e explicações que desejarem
-Oferta de líquidos por via oral durante o trabalho de parto e parto
-Monitoramento fetal por meio de ausculta intermitente
-Monitoramento cuidadoso do progresso do parto, por exemplo, por meio do uso do partograma da OMS
-Monitoramento do bem-estar físico e emocional da mulher durante trabalho e parto e ao término do processo de nascimento
-Métodos não invasivos e não farmacológicos de alívio da dor, como massagem e técnicas de relaxamento, durante o trabalho de parto
-Liberdade de posição e movimento durante o trabalho de parto
-Estímulo a posições confortáveis durante o trabalho de parto
-Administração profilática de ocitocina no terceiro estágio do parto em mulheres com risco de hemorragia no pós-parto, ou que correm perigo em consequência da perda de até uma pequena quantidade de sangue;
-Condições estéreis ao cortar o cordão
-Prevenção da hipotermia do bebê

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