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Rede Bem Cuidar de Aceguá apresenta experiência de êxito em Saúde da Mulher Idosa

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Avaliação Multidimensional da Mulher idosa em Aceguá
Profissional da Estratégia de Saúde da Família avalia mulher idosa - Foto: Divulgação / Prefeitura de Aceguá

A experiência da equipe da Estratégia de Saúde da Família de Aceguá com a população de mulheres idosas foi apresentada na segunda live da série "Saúde da Mulher, para além do Sistema Reprodutivo", nesta quinta-feira (16). As lives são promovidas em parceria entre a Secretaria Estadual da Saúde (SES), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) no Projeto Redes Inovadoras de Tecnologias Estratégicas (RITEs/FAPERGS).

A estratégia foi implementada há um ano como ferramenta de qualificação do cuidado da Rede Bem Cuidar (RBC) — iniciativa do Governo do Estado para fortalecimento da Atenção Primária em Saúde no Rio Grande do Sul.

Em Aceguá, (município da região sul do Estado) , a equipe da ESF faz uma avaliação multidimensional das idosas, a partir da caderneta de saúde, preenchida pelo agente comunitário de saúde. Com agendamento prévio, visitas domiciliares são realizadas na zona urbana e rural com uma unidade móvel.



A avaliação

De acordo com a enfermeira da ESF e da Universidade Federal de Pelotas, Carla Dias Dutra, Aceguá tem uma população estimada de 421 mulheres com 60 anos ou mais. Até agora, 264 já foram avaliadas pela equipe, que atua com uma abordagem integral da pessoa idosa e equipe multidisciplinar. "Fazemos avaliação sobre vulnerabilidade sócio-familiar, cognitiva, mobilidade", citou.

A avaliação inclui desde a situação, auditiva, visual, saúde bucal, até testes rápidos de ISTs/HIV, terminando com imunização. A unidade oferece, ainda, atendimento de psicologia e tratamento com Práticas Integrativas e Complementares, como Reiki, Terapia Floral, Fitoterapia e Aromaterapia.


Visão Plural sobre a Mulher idosa


Com o tema a Interseccionalidades na Vida da Mulher Gaúcha, também participaram da live a sanitarista Solange Souza Britto e a gerontóloga do Telessaúde RS, Thaissa Bessa. Elas falaram sobre a condição da mulher idosa como cuidadora de todos e todas a sua volta, esquecendo de cuidar de si, criando uma invisibilidade social, o que leva à depressão e doenças em geral. "Por isso os profissionais de saúde devem ter um olhar mais ampliado, sobre o contexto em que essa mulher vive , ter uma avaliação mais plural", destacou Thaissa.


Dados da violência


Conforme o Sistema Nacional de Notificações (SINAN), em 2021, foram 607 casos de violência contra idosas no RS. Desse total foram 229 casos de violência física, 136 psicológicas e 134 por negligência. A violência piscológica se apresenta como um agravo silencioso, ficando subnotificada e também, ale´m da negligência existe a violência finaceira sofrida por mulheres idosas.

"Por isso, a importância do Agente Comunitário de Saúde que visita as famílias e da rede intersetorial de saúde que oferece atendimento de assistência social e saúde mental", afirma a gerontóloga Thaissa.

"A mulher idosa deve ser vista na rede de saúde, a partir de todo o percurso de vida dela", disse a sanitarista Solange, que também é servidora pública da SES/RS. Diferentes histórias de vida contam como foi acesso à saúde, à educação, à inserção social, dependendo da raça, cor, etnia e classe social.

Próximas lives

Dia 23 de março – 13h30
Saúde Prisional – o acesso à saúde para as mulheres privadas de liberdade no sistema prisional. Lançamento de Cartilha.


Dia 30 de março – 13h30
Planejamento Sexual e Reprodutivo na Atenção Primária à Saúde (APS).
Planejamento sexual e reprodutivo abordando a inserção do Dispositivo Intra Uterino (DIU).


A transmissão será feita pelo canal da  UNISC YouTube, a partir da 13h30

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