Primeira Infância Melhor sensibiliza representantes da OPAS/OMS
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Da Secretaria Estadual da Saúde, o titular da pasta, Osmar Terra, conduziu os representantes da Organização Pan-Americana de Saúde e da OrganizaçãoMundial de Saúde até Canoas. Eles foram recepcionados pela governadora Yeda Crusius e o prefeito Marcos Antônio Ronchetti. A governadora destacou a importância da busca pela parceria e a experiência gaúcha que será levada para outros países, ao que o representante do OPAS/OMS, Diego Victoria Meíja, colocou-se como parceiro no combate à violência, classificando-a como uma questão de saúde pública a ser enfrentada.
Em seguida, o prefeito Ronchetti levou o secretário Terra, equipe do PIM e os visitantes estrangeiros para acompanhar o trabalho do programa Primeira Infância Melhor a uma das famílias atendidas no bairro Mathias Velho, na vila Getúlio Vargas. Na casa simples, acompanharam o atendimento individual ao menino Richard Kauan, de 1 ano e 1 mês, estimulado pela mãe Liliane de Souza, 23 anos, e a visitadora do programa, Lúcia do Nascimento. Através de fotos, o pequeno Richard identificou familiares nas molduras.
Assim como Richard superou-se realizando a atividade sócio-educativa mesmo com a casa cheia de estranhos, a visitadora do PIM Lúcia do Nascimento, 22 anos, no seu primeiro emprego, também surpreendeu os representantes da Organização Pan-Americana de Saúde ao responder com clareza todas as perguntas que lhe foram feitas. Resumiu como experiências mais exitosas do programa, o vínculo afetivo que o PIM estimula entre familiares e as crianças, além do desenvolvimento dessas com a realização de atividades adequadas a cada faixa etária da gravidez até os 6 anos. "Às vezes é preciso romper hábitos culturais, mas em todas as famílias o programa avança à medida que a relação de confiança entre a família e o visitador se estabelece", explicou. Questionada sobre o registro de casos de violência, Lúcia respondeu que a violência verbal é muito mais frequente do que as ocorrências físicas, explicando que o programa contribui para diminuir estas incidências.
Já a avó do pequeno Richard, Maria de Lurdes da Silva, 57 anos, que optou em ser pai e mãe de sete filhos, interveio na conversa e relatou que muito mais do que ensinar a educar os netos, o PIM contribuiu para sair da depressão quando a casa incendiou há um ano, vem ajudando moralmente toda família e contribuindo, inclusive, para que ela aprenda a relacionar-se melhor com todos os filhos e netos. "Eu aprendi a ser mais feliz e transmitir isso pra toda minha família", disse.
O engenheiro sanitarista da OPAS/OMS, Diego Victoria Meíja, resumiu como muito boas as ações da SES no Estado, com conceito ampliado de saúde, trabalho, integração sócio-cultural. Segundo ele, foi possível perceber que a pobreza pode ser superada em ambiente saudável e que o Estado está chegando ao seu povo através de programas de saúde como PIM.
O líder do grupo em Prevenção de Violência e Segurança pela Vida da OPAS/ OMS, Alberto Concha, despediu-se da família exibindo o trabalho que recebeu do pequeno Richard Kauan, dizendo que irá expô-lo em seu escritório em Washington, nos EUA. Entusiasmado com o que viu disse que "esses meninos felizes vão ser excelentes adultos, não serão delinquentes, nem golpearão suas mulheres. Só é possível chegar a responsabilidade social com decisões políticas como essa", concluiu.