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Prevenção à hanseníase é tema de live no dia mundial de combate à doença

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Card da campanha com o desenho de uma pessoa estilizada com a mensagem: "Hanseníase tem Cura- Cure também o Preconceito".
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Para desmistificar a hanseníase como uma doença milenar cercada de estigmas e preconceitos,  a coordenadora do  Programa Estadual de Controle da Hanseníase, da Secretaria da Saúde (SES/RS), Márcia Lira, participa, em 30 de janeiro, de uma live sobre o enfrentamento à doença. A live é promovida pelo Morhan - Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase e contará com a participação de representantes da Instituição Beneficente Coronel Massot (IBCM). A atividade faz parte do Janeiro Roxo mês dedicado ao esclarecimento sobre sintomas, prevenção e tratamento, que culmina no Dia Mundial de Combate à Hanseníase, sempre no último domingo de janeiro.

Com transmissão pelo canal youtube.com/c/TVMORHAN, das 19h às 21h, serão abordados assuntos como a situação da hanseníase no Rio Grande do Sul, a importância do diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Também será realizada uma capacitação virtual no dia 4/2, das 13h30 às 17h, para qualificar as ações de controle da hanseníase na rede de saúde. A atividade será realizada em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia e Ministério da Saúde, tendo como público-alvo profissionais de saúde de nível superior da atenção primária (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos). Serão disponibilizadas 500 vagas e as inscrições podem ser realizadas até o dia 1/2 (terça-feira), com envio de ficha de inscrição para o e-mail hanseniase.rs@gmail.com. Os inscritos receberão um dia antes do evento o link de transmissão.

Acesse abaixo os links para a ficha de inscrição e da programação: 

Ficha de inscrição para Capacitação sobre Hanseníase para profissionais de Saúde da Atenção Primária 

Programação da Capacitação sobre Hanseníase para profissionais da Atenção Primária em Saúde



Campanha “Não esqueça da hanseníase”

card da campanha com duas rodas entrelaçadas (uma azul e outra vermelha) atravessadas por uma seta e a mensagem: "não esqueça da Hanseníase". Abaixo, tem os logotipos da Morhan e Fundação Sasakawa.
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O Programa Estadual de Controle da Hanseníase da SES/RS está apoiando uma campanha internacional alavancada pela Fundação Sasakawa, do Japão, que busca chamar a atenção de governos, organizações e da população em geral para a importância de manter as ações de controle da hanseníase durante a pandemia de Covid-19. A iniciativa é liderada pelo embaixador da boa vontade da Organização Mundial da Saúde (OMS), Yohei Sasakawa e, no Brasil, é conduzida pelo Movimento pela Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan).

Sobre a doença

Conforme a coordenadora do programa , Marcia Lira, “a hanseníase, conhecida como lepra, é uma doença crônica, contagiosa, não hereditária e curável e tem tratamento pelo SUS”. Ela informa, ainda, que a hanseníase é um agravo transmissível, de notificação compulsória e de investigação obrigatória em todo território nacional. Possui como agente etiológico o Micobacterium leprae, o bacilo de Hansen.

Transmitido pelas vias aéreas superiores (espirro e tosse), tem predileção por pele e nervos periféricos e se manifesta por lesões de pele com diminuição ou ausência de sensibilidade. Cerca de 85% a 90% da população tem defesas biológicas contra o bacilo causador da hanseníase, e esta parcela não corre risco de desenvolver a doença. Os 10% a 15% restantes, que correm o risco de contrair a doença, são os chamados contatos intradomiciliares, pessoas que convivem, ou conviveram, com um doente que não esteja em tratamento, por mais de cinco anos.

A hanseníase apresenta longo período de incubação, ou seja, tempo em que os sinais e sintomas se manifestam desde a infecção. Geralmente, é em média de 3 a 7 anos. Há referências com períodos mais curtos, de 7 meses, como também mais longos, de 10 anos ou mais.

De acordo com os últimos dados epidemiológicos, registrados há cinco anos, o Rio Grande do Sul, em 2017 apresentou 112 casos novos no ano, 11,6% paucibacilares (com menos bacilos, a forma menos contagiosa) e 88,4% multibacilares (muitos bacilos, a forma mais contagiosa) distribuídos em 64 municípios dos 497 municípios do Estado.

Marcia Lira explica o diagnóstico tardio é uma das causas do aumento de pacientes com incapacidades instaladas, que poderiam ser evitadas. “É preciso buscar a hanseníase, falar sobre sinais e sintomas, manter continuamente o processo de capacitação das equipes de saúde, estimulando um olhar atento para a doença e vigilância constante”, enfatiza a coordenadora.

Os sinais e sintomas mais frequentes da hanseníase são:

• Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas.
• Áreas com diminuição dos pelos e do suor.
• Dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas.
• Inchaço de mãos e pés.
• Diminuição sensibilidade e/ou da força muscular da face, mãos e pés, devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos.
• Úlceras de pernas e pés.
• Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
• Febre, edemas e dor nas juntas.
• Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz.
• Ressecamento nos olhos.

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