Perguntas frequentes
Influenza
É um vírus respiratório que causa a doença influenza, mais conhecida como gripe.
O vírus influenza subdivide-se em 4 tipos: A, B, C e D. São de interesse em saúde pública o tipo A e tipo B, pois são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.
A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocado pelo vírus da influenza.
A transmissão direta (pessoa a pessoa) é a mais comum e ocorre quando um indivíduo infectado pelo vírus influenza expele gotículas ao falar, espirrar e tossir.
Sim. A suscetibilidade é universal.
Os sintomas geralmente começam cerca de 2 dias após os vírus da gripe infectarem o trato respiratório de uma pessoa, porém esse período pode variar de 1 a 4 dias.
O quadro clínico da influenza sazonal tem início súbito, com sintomas de síndrome gripal, como febre, coriza, tosse seca, dor de garganta, dores musculares e articulares, dor de cabeça, fadiga (cansaço) e prostração.
Sim. Alguns casos de influenza podem evoluir e apresentar complicações, especialmente em indivíduos com doença crônica, idosos e crianças menores de 5 anos, o que acarreta elevados níveis de morbimortalidade.
Geralmente, tem resolução espontânea em aproximadamente 7 dias, embora a tosse, o mal-estar e a fadiga possam permanecer por algumas semanas.
Indivíduos adultos saudáveis, quando infectados, transmitem o vírus 24 horas antes do início de sintomas, porém em quantidades mais baixas do que durante o período sintomático. Nesse período, o pico da excreção viral ocorre principalmente entre as primeiras 24 até 72 horas do início da doença, e declina até níveis não detectáveis por volta do 5º dia após o início dos sintomas.
Pessoas com sistema imunológico enfraquecido podem excretar vírus por semanas ou meses. As crianças, comparadas aos adultos, também excretam vírus mais precocemente, com maior carga viral e por longos períodos.
Medicamentos sintomáticos e hidratação. Está indicado o uso de fosfato de oseltamivir para os casos que tenham condições e fatores de risco para complicações.
Não. A gripe e o resfriado são infecções respiratórias. Contudo, a gripe é causada pelo vírus influenza, tende a ser mais grave e apresentar sintomas mais intensos, como febre alta, dores no corpo e fadiga, enquanto o resfriado, geralmente causado por outros vírus, tem sintomas mais leves e localizados no trato respiratório superior, como coriza e congestão nasal.
A vacinação é melhor forma de prevenção.
Não. A vacina da gripe nunca poderá provocar gripe, porque na sua composição tem apenas pedaços de vírus mortos.
• Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente antes de consumir algum alimento;
• Evite aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
• Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
• Mantenha os ambientes bem ventilados;
• Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
• Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
• Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir;
• Utilize lenço descartável para higiene nasal;
• Adote hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos;
• Evite sair de casa em período de transmissão da doença.
Covid-19
É uma doença infecciosa aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, de elevada transmissibilidade e de distribuição global. identificada pela primeira vez em dezembro de 2019.
O SARS-CoV-2 espalha-se, principalmente, quando uma pessoa infectada está em contato próximo com outra pessoa (por exemplo, em uma conversa). No entanto, a transmissibilidade do vírus depende da carga viral, o tipo de contato que a pessoa tem com a outra, o ambiente e o tipo de medidas de prevenção e controle presentes.
O vírus pode se espalhar da boca ou nariz de uma pessoa infectada por meio de partículas respiratórias líquidas, expelidas quando a pessoa tosse, espirra, canta, respira ou fala. Essas partículas respiratórias podem ser de maior tamanho, chamadas de gotículas, ou partículas mais leves e menores que as gotículas, chamadas de aerossóis.
Febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou distúrbios gustativos.
Período de incubação é o intervalo entre a data do primeiro contato com o vírus (exposição) até o início dos sintomas da doença. No caso do SARS-CoV-2, o período de incubação pode variar de 1 a 14 dias (CDC, 2024b), com mediana variando de acordo com a variante do vírus.
No início da pandemia e as primeiras variantes do SARS-CoV-2, o período de incubação médio era de 6,5 dias; com o surgimento da variante Delta, o período de incubação médio reportado foi de 4,3 dias; já com a variante Ômicron, o período de incubação apresenta-se ainda menor, com um período mediano de 3 a 4 dias para aparecimento dos sintomas.
O conhecimento sobre a transmissão da covid-19 está sendo atualizado continuamente. Sabe-se que qualquer indivíduo infectado com o SARS-CoV-2 pode transmitir o vírus, independentemente da presença ou não de sintomas.
Pessoas infectadas tendem a ser mais infecciosas imediatamente antes do desenvolvimento de sintomas (o período de incubação) ou no início do curso da doença; essas pessoas estão infectadas e eliminando vírus, mas ainda não desenvolveram sintomas (transmissão pré- -sintomática). com o predomínio da variante Ômicron, deve-se considerar o período de transmissibilidade de 2 dias antes do início dos sintomas até 10 dias após.
A maioria dos casos de covid-19 apresentam sintomas leves e podem ser tratados ambulatorialmente. Medicamentos analgésicos e antipiréticos podem ser utilizados para manejo dos sintomas. Para adultos com alto risco de progressão para doença grave, opções terapêuticas antivirais estão disponíveis para reduzir o risco de hospitalização ou morte em nível ambulatorial.
No Brasil, foi incorporada ao SUS a associação dos fármacos antivirais nirmatrelvir e ritonavir (NMV/r), para ser utilizado no tratamento da infecção pelo vírus SARS-CoV-2 em grupos populacionais específicos, com o objetivo de reduzir o risco de internações, complicações e óbitos pela covid-19 nessas populações, que são mais vulneráveis a apresentarem agravamento pela doença.
Não. Antibióticos combatem bactérias, não vírus. Só devem ser usados em caso de infecção bacteriana associada a infecção viral.
A principal forma de prevenção é a vacinação. As vacinas contra a covid-19 tiveram grande impacto na redução da morbimortalidade da doença, evitando milhares de óbitos e internações no Brasil, desde a sua introdução em janeiro de 2021. Além da vacinação, é importante a adoção do conjunto de medidas não farmacológicas de prevenção e controle, que devem ser utilizadas de forma integrada e incluem: isolamento dos casos confirmados de covid-19; uso de máscaras; etiqueta respiratória; higienização das mãos com álcool 70% ou água e sabão; ventilação, limpeza e desinfecção adequada de ambientes.
Sim. Todas as vacinas aprovadas por agências reguladoras passaram por testes rigorosos de segurança e eficácia.
Sim, mas os sintomas tendem a ser mais leves e o risco de hospitalização ou morte é muito menor.
Sim. Com o tempo, a imunidade pode diminuir. As doses de reforço ajudam a manter a proteção, especialmente contra variantes.
Sim. Contudo, uma nova pandemia exatamente igual à de 2020 é improvável graças à imunidade global e à preparação médica. Mas novos surtos ou variantes problemáticas ainda podem surgir, exigindo vigilância. A maior preocupação hoje não é uma "nova covid-19", mas sim uma nova zoonose pandêmica de outro vírus respiratório.
Variantes da covid-19 são versões diferentes do vírus SARS-CoV-2, que causam a doença covid-19. Essas variantes surgem porque, quando o vírus se replica (se multiplica) dentro do corpo das pessoas, ele pode sofrer pequenas mudanças no seu material genético, chamadas mutações. Algumas mutações podem não fazer muita diferença, mas outras podem alterar características do vírus, como: a velocidade com que ele se espalha, a gravidade da doença que causa, a eficácia das vacinas, a capacidade do sistema imunológico de reconhecê-lo. Por isso, cientistas monitoram essas variantes para entender como elas impactam a pandemia e ajustar estratégias de controle, tratamento e vacinação.
O isolamento e a quarentena são estratégias de saúde pública que visam proteger a população e evitar a disseminação de doenças contagiosas, como a covid-19. O isolamento é a separação de indivíduos infectados dos não infectados durante o período de transmissibilidade da doença, quando é possível transmitir o patógeno em condições de infectar outra pessoa. A quarentena é uma medida preventiva recomendada para restringir a circulação de pessoas que foram expostas a uma doença contagiosa durante o período em que elas podem ficar doentes (atualmente esta prática não é mais utilizada).
Recomendado para pessoas com sintomas gripais, casos confirmados, imunossuprimidos, idosos e em ambientes com risco de transmissão, como locais fechados ou aglomerações. Em unidades de saúde, o uso de máscaras é obrigatório para profissionais e visitantes.
Outros vírus respiratórios
Os vírus influenza, vírus sincicial respiratório, vírus parainfluenza, metapneumovírus, rinovírus, coronavírus, adenovírus e bocavírus são os que circulam mais comumente em todos os continentes como agentes endêmicos, epidêmicos ou pandêmicos.
O painel viral realizado pelo Lacen/RS na rotina dos vírus respiratórios analisa os seguintes vírus: vírus influenza, vírus sincicial respiratório, rinovírus, SARS-CoV-2 e adenovírus.
A síndrome gripal (SG) é um termo utilizado para descrever um conjunto de sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, dor de cabeça, dor de garganta, tosse, entre outros, que podem ser causados por diferentes vírus respiratórios, incluindo o influenza.
Sim, o que pode variar é intensidade dos sintomas conforme o vírus.
Vírus Sincicial Respiratório é o causador da bronquiolite. Um vírus de RNA que causa quadros respiratórios em todas as faixas etárias, mas é mais comum e pode ser mais grave em bebês e crianças. Na maioria das vezes, elas terão um quadro gripal leve, muito parecido com resfriado. Quando desenvolvem a forma mais grave, acontece uma inflamação das pequenas vias aéreas (chamado de bronquiolite) ou uma pneumonia.
Crianças menores de 5 anos, em especial os menores de 2 anos.
Alguns adultos, principalmente os imunodeprimidos ou aqueles com doenças pulmonares, também podem ter complicações quando se infectam com o vírus sincicial respiratório. Especialmente idosos com mais de 65 anos ou adultos com doença crônica, ou cardíaca, que podem ter uma descompensação do quadro de base.
As medidas de prevenção do vírus sincicial são as mesmas para evitar a infecção pelo coronavírus ou por influenza. Para as crianças com menos de dois anos não existe a indicação do uso de máscara; por isso, é muito importante a atenção dos pais para higienização das mãos com água e sabonete.
É um quadro de Síndrome Gripal associados a sinais de gravidade, como dispneia, desconforto respiratório, saturação menor ou igual 94%.