Perguntas frequentes: saiba tudo sobre gripe
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza 2021 vai até 9 de julho. Se você pertence a um dos grupos prioritários, não deixe de se vacinar, gratuitamente, pelo SUS. Procure a unidade de saúde mais próxima e proteja-se!
Tem alguma dúvida sobre a influenza? Leia as perguntas e respostas que preparamos para que você saiba tudo sobre essa doença.
A gripe é uma doença grave, que causa febre alta, dores musculares, dor de cabeça, dor de garganta e exige mais cuidados para não evoluir para uma pneumonia.
A Influenza sazonal é um quadro gripal, causado pelos vírus Influenza. Existem 3 tipos de vírus Influenza: A, B e C. O vírus Influenza C causa infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias. Os vírus Influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus Influenza A responsável pelas grandes pandemias. Dentre os subtipos de vírus Influenza A, os subtipos A (H1N1) e A (H3N2) circulam atualmente em humanos.
São, geralmente, tosse seca, febre alta, dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e coriza. A febre é o sintoma mais importante da gripe e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios, como tosse, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre. Alguns casos apresentam complicações graves, como pneumonia, necessitando de internação hospitalar. Devido aos sintomas em comum, pode ser confundida com outras viroses respiratórias causadoras de resfriado.
Sim! Se não for tratada a tempo, a gripe pode causar complicações graves e levar à morte, principalmente nos grupos de alto risco como pessoas com mais de 60 anos, crianças menores de seis anos, gestantes e doentes crônicos.
A gripe (influenza) pode ser transmitida de forma direta por meio das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao espirrar, ao tossir ou ao falar, ou por meio indireto pelas mãos, que após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carregar o vírus diretamente para a boca, nariz e olhos. Não há diferença de transmissão entre os tipos de influenza sazonal.
Sabemos que alguns vírus ou bactérias vivem por 2 a 8 horas em superfícies. Por isso, lavar as mãos com frequência ajuda a reduzir as chances de se contaminar a partir dessas superfícies.
Pessoas com gripe devem beber bastante água e descansar. A maioria das pessoas se recuperará dentro de uma semana. Os medicamentos antivirais para a gripe podem reduzir complicações e óbitos. Eles são especialmente importantes para grupos de alto risco. O tratamento com o antiviral, por indicação médica, deve começar dentro de 48 horas após o início dos sintomas.
Não! Embora os sintomas sejam muito parecidos, os vírus que causam a gripe e o resfriado são diferentes. A gripe é uma doença mais grave, que causa febre alta, dores musculares, dor de cabeça, dor de garganta e exige mais cuidados para não evoluir para uma pneumonia. Já o resfriado é mais brando e dura menos tempo. Um dos vírus causadores de síndromes gripais é o vírus Influenza, contra o qual temos a vacina oferecida no período da Campanha Nacional de Vacinação Contra Gripe.
A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe 2021, vai de 12 de abril a 9 de julho.
- 1ª etapa: 12/04 a 10/05/21;
- 2ª etapa: 11/05 a 08/06/21;
- 3ª etapa: 09/06 a 09/07/21
A vacina influenza ofertada no SUS é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório privado Sanofi Pasteur. As vacinas das campanhas atuais são trivalentes e protegem contra os tipos de vírus Influenza A (H1N1), A (H3N2) e Influenza B, que são os vírus de maior importância epidemiológica, de acordo com a própria OMS. A vacina é ofertada, anualmente, durante a Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza com o objetivo de reduzir as complicações e as internações decorrentes das infecções causadas pelos vírus, nos grupos prioritários para vacinação.
O público-alvo, ou seja, os grupos prioritários da vacinação contra influenza no SUS são:
- 1ª Etapa (12/04 a 10/05) - crianças, gestantes e puérperas, povos indígenas, trabalhadores de saúde.
- 2ª Etapa (11/05 a 08/06) - idosos com 60 anos ou mais e professores.
- 3ª Etapa (09/06 a 09/07) - pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário, portuários, forças de segurança e salvamento, forças armadas, funcionários do sistema de privação de liberdade, população privada de liberdade e adolescentes em medidas socioeducativas.
A circulação do vírus influenza ocorre durante todo o ano, mas é mais frequente no outono e no inverno, quando as temperaturas caem, principalmente no Sul e Sudeste do Brasil. A vacina contra gripe é capaz de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus Influenza reduzindo o agravamento da doença. No geral, a detecção de anticorpos protetores se dá entre 2 a 3 semanas após a vacinação e, em média, confere proteção de 6 a 12 meses, sendo que o pico máximo de anticorpos ocorre após 4 a 6 semanas da vacinação. Além disto as cepas que compõe a vacina, podem ser alteradas anualmente de acordo com o perfil de circulação.
Sim. Isso acontece por dois motivos. Primeiro, porque a imunidade da vacina se mantém por um período de aproximadamente 12 meses. Segundo, porque a composição da vacina pode variar de um ano para outro.
Não. A vacina contra a influenza é feita com o vírus morto e fragmentado. Portanto, ela é 100% segura e incapaz de provocar a doença nas pessoas que são vacinadas.
Não. Pelo contrário. É muito importante a vacinação das grávidas, pois quando a mãe é vacinada o bebê também fica protegido.
Não! As pessoas que não fazem parte dos grupos prioritários podem evitar a doença utilizando medidas comportamentais,como:
- lavar e higienizar as mãos com frequência;
- não compartilhar objetos de uso pessoal, como talher, copo e garrafa;
- evitar tocar mucosas do olho, nariz e boca;
- usar lenço descartável para higiene nasal;
- ter boa alimentação e beber bastante líquido;
- evitar contato com pessoas que estejam com sintomas da gripe;
- manter os ambientes bem arejados.
Dessa forma, vacinando as pessoas dos grupos prioritários, que são os que se encontram sob maior risco de adoecimento e morte, e estimulando a adoção de medidas comportamentais entre as pessoas que não compõem os grupos prioritários, o ciclo de prevenção e controle da influenza estará completo.
Aos indivíduos que apresentem sintomas de gripe recomenda-se:
- evitar sair de casa em período de transmissão da doença (até 7 dias após o início dos sintomas);
- restringir ambiente de trabalho para evitar disseminação;
-evitar aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados;
- adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos;
- seguir condutas de isolamento descritas na NOTA INFORMATIVA 30 COE/SES-RS.
Para redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, especialmente as de maior chance de infecção, como as causadas pelo vírus Influenza, orienta-se que sejam adotadas medidas gerais de prevenção, chamadas de “etiqueta respiratória”, tais como:
- lavar e higienizar as mãos com frequência;
- não compartilhar objetos de uso pessoal, como talher, copo e garrafa;
- evitar tocar mucosas do olho, nariz e boca;
- usar lenço descartável para higiene nasal;
- ter boa alimentação e beber bastante líquido;
- evitar contato com pessoas que estejam com sintomas da gripe;
- manter os ambientes bem arejados.
A aglomeração de crianças em creches facilita a transmissão da gripe entre crianças vulneráveis. A melhor maneira de proteger as crianças contra influenza sazonal e potenciais complicações graves é a vacinação anual contra influenza, que é recomendada a partir de 6 meses até menores de 6 anos de idade.
Os cuidadores de crianças em creches, além da adoção das medidas gerais de prevenção e etiqueta respiratória, devem realizar a higienização dos brinquedos com água e sabão quando estiverem sujos. Deve-se utilizar lenço descartável para limpeza das secreções nasais e orais das crianças. Lenços ou fralda de pano, caso sejam utilizados, devem ser trocados diariamente. Deve-se lavar as mãos após contato com secreções nasais e orais das crianças, principalmente, quando ela estiver com suspeita de síndrome gripal.
Cuidadores devem observar se há crianças com tosse, febre e dor de garganta e informar aos pais quando apresentarem os sintomas de síndrome gripal. Devem, também, notificar a Secretaria Municipal de Saúde, caso observem um aumento do número de crianças doentes com síndrome gripal ou com ausência pela mesma causa na creche.
O contato da criança doente com outras crianças deve ser evitado. Recomenda-se que a criança doente fique em casa, a fim de evitar transmissão da doença. Recomenda-se que a criança doente permaneça em casa por pelo menos 24 horas após o desaparecimento, sem uso de medicamento, da febre.
A gripe causa mais doenças graves em gestantes que em mulheres não grávidas. Mudanças no sistema imunológico, circulatório e pulmonar durante a gravidez faz com que as gestantes sejam mais propensas a complicações graves por influenza, assim como hospitalização e óbito. A gestante com influenza também tem maiores chances de complicações da gravidez, incluindo trabalho de parto e parto prematuros. A vacinação contra influenza durante a gravidez protege a gestante, o feto e até o bebê recém-nascido até os 6 meses.
A gestante deve buscar o serviço de saúde, caso apresente sintomas de Síndrome Gripal (SG). Durante internação e trabalho de parto, se a mulher estiver com diagnóstico de influenza, deve-se priorizar o isolamento. Se a mãe de um bebê estiver doente, deve realizar medidas preventivas e de etiqueta respiratória, como a constante lavagem das mãos e o uso de máscaras, principalmente para evitar transmissão para o recém-nascido.
Todas as crianças menores de 9 anos de idade que, neste ano, farão a vacina da gripe pela primeira vez, receberão duas doses, com um intervalo de 30 dias entre elas. Se a criança já tomou, ao menos, uma dose em anos anteriores, a imunização é em dose única.
Reforça-se que crianças na faixa etária de 6 a menores de 9 anos são vacinadas apenas nas populações indígenas ou quando portadoras de alguma comorbidade.
Fonte: Ministério da Saúde (www.saude.gov.br) / Edição: Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs/RS).