Hospital São Pedro recebe pessoas resgatadas e é ponto de apoio para enfrentamento às enchentes no RS
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Durante a situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, o Hospital Psiquiátrico São Pedro, vinculado à Secretaria Estadual da Saúde (SES), tem sido um ponto estratégico de acolhimento a resgatados, apoio logístico às atividades da saúde e alojamento de voluntários da Defesa Civil que vieram do Mato Grosso do Sul.
Localizado na avenida Bento Gonçalves, no bairro Partenon de em Porto Alegre, o hospital não teve sua área atingida pelas cheias na Capital.
Desde o início das enchentes, profissionais de saúde do hospital fizeram acolhimento de 59 pessoas desabrigadas vindas de Eldorado Sul, Porto Alegre e Canoas. Essas pessoas chegaram por aeronaves, por meio de articulação entre as SES e forças de segurança pública.
Os resgatados foram acolhidos e receberam atendimento imediato de psicologia e de assistência social, incluindo busca ativa à familiares. Os desabrigados também contaram com atendimento da equipe de enfermagem e de médico clínico e psiquiátrico. Depois desta triagem, alguns foram encaminhados à rede de apoio dos municípios, para casas de familiares e outros para abrigos municipais. Apenas uma pessoa teve que ser encaminhada para o Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre.
O Hospital São Pedro também serviu de alojamento emergencial para 14 voluntários da Defesa Civil do Mato Grosso do Sul, além de ceder instalações para o Departamento Estadual de Assistência Farmacêutica (DEAF), da SES, que faz a gestão da distribuição de medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Devido aos alagamentos de Porto Alegre que atingiram o Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), localizado no bairro Praia de Belas, em Porto Alegre, dependências do hospital também estão sendo utilizadas pelo Departamento Administrativo da SES.
Essas atividades extras não interferiram na rotina dos serviços assistenciais do hospital, referência de cuidado em saúde mental e um ponto de atenção da Rede Psicossocial (RAPS). Nele, funcionam atendimentos ambulatoriais, internação para casos agudos, reabilitação através de iniciativas como a Oficina de Criatividade e Jardim Terapêutico, bem como atividades de ensino e pesquisa.