O Hospital Nelson Cornetet, em Guaíba, realizará neste fim de semana as primeiras oito cirurgias ortopédicas previstas no convênio entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde, e o Tribunal de Justiça (TJ-RS) para a redução das filas por procedimentos no Rio Grande do Sul.  

A instituição é um dos 35 hospitais que realizarão 1.354 procedimentos em ortopedia em todas as regiões do Estado, financiados por R$ 14 milhões do convênio. Ao todo, foram repassados este ano R$ 33 milhões pelo TJ-RS para o tratamento de feridas crônicas, cirurgias de escoliose pediátrica e reabilitação auditiva em 7,3 mil pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).  

Estão marcadas em Guaíba quatro cirurgias para a colocação de prótese de joelho (artroplastias) no sábado e outras quatro no domingo. Até o final do ano, serão realizadas mais 37, somando 45 no total, com um repasse de R$ 456,9 mil do Estado ao Nelson Cornetet pelos procedimentos. 

“Uma das maiores filas da demanda reprimida para cirurgias eletivas no Estado está concentrada na alta complexidade em ortopedia”, explicou a secretária da Saúde, Arita Bergmann. “Através da parceria com o Tribunal de Justiça, estamos dando uma resposta objetiva com a parceria dos prestadores de serviço e dos profissionais para diminuirmos essa demanda que nos preocupa”.  

Também para acelerar o tratamento de pacientes que aguardam atendimento no Estado, o Hospital Nelson Cornetet participa de outro convênio para a realização de mais 158 cirurgias na área de traumatologia através do Plano Estadual de Redução de Filas. Até agosto, foram realizadas 37 cirurgias.  

O convênio Estado-TJ-RS 

Firmado entre o Governo do Estado e o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), o termo de cooperação para a ampliação e qualificação de serviços destinou R$ 154,7 milhões aos hospitais gaúchos este ano para aumentar a oferta de serviços, como exames, consultas e cirurgias, além da realização de obras e da aquisição de novos equipamentos. 

O objetivo é zerar as filas por exames e cirurgias, que cresceram devido à necessidade de medidas de isolamento durante a pandemia, além de reduzir a judicialização dos tratamentos. Em 2023, o foco foi na oncologia, com o repasse de outros R$ 94 milhões para atendimentos na especialidade.