Hidatidose será tema de encontro em Porto Alegre
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A hidatidose, uma doença com incidência principalmente na fronteira do Rio Grande do Sul com os países vizinhos, estará em discussão em Porto Alegre de 23 a 26 de maio. Técnicos da Saúde do Brasil, Argentina, Uruguai, Peru e Chile estarão reunidos para traçar estratégias para o controle da doença. O evento, promovido pelo Ministério da Saúde e pela Organização Panamericana da Saúde, com o apoio da Secretaria Estadual da Saúde, é exclusivo para técnicos da área. Esta será a terceira reunião do Projeto Sub-Regional Cone Sul de Controle e Vigilância da Hidatidose. A doença ocorre com maior registro nos animais, e, acidentalmente, no homem, pelo estágio larval.
O Rio Grande do Sul desenvolve o Programa de Controle da Hidatidose, através do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), da Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS), com ações contra o agravo da doença há mais de 50 anos. O Laboratório Central do Estado (Lacen) faz o diagnóstico sorológico humano da hidatidose. Entre 2003 e 2005 foram analisadas 261 amostras de sangue que resultaram em um caso da doença em 2003, dois em 2004 e 12 em 2005. Esse aumento se deve ao maior número de exames enviados pelos municípios ao Lacen. Atualmente, a enfermidade não é de notificação obrigatória no país.
Margarete Iesbich, médica veterinária da Divisão de Vigilância Ambiental do CEVS, explica que a hidatidose é causada por um verme denominado Echinococcus granulosus que tem como hospedeiro definitivo os cães e hospedeiros intermediários os animais de produção (ovinos, bovinos, suínos, eqüinos, búfalos, etc). O homem rural tem o hábito de alimentar os cães domésticos com vísceras cruas contaminadas com o cisto hidático (bolha dagua) de ovinos abatidos a campo, relata a médica veterinária.
A contaminação humana acontece através da ingestão do ovo do parasito presente na água, alimentos ou até mesmo ao manusear cães infectados pelo parasito. Assim se instala a forma do parasito (cisto hidático) nos órgãos (pulmão, fígado, cérebro, rins e outros). A hidatidose se desenvolve de forma lenta e sem sintomas característicos. Margarete explica que não há medicamento específico para tratamento. Devido à evolução ser crônica e muitas vezes assintomática, é necessário realizar intervenção cirúrgica diz. Esse fato afasta os trabalhadores de suas atividades por longos períodos gerando elevados custos para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Para evitar o contágio do parasito, as vísceras cruas não devem ser usadas na alimentação dos cães, pois é desta forma que o ciclo se mantém. É necessário dar vermífugos aos cães, além de cozinhar as vísceras dos bovinos, ovinos, búfalos e outros ruminantes antes de fornecê-las aos caninos domésticos. Após lidar com a terra ou animais, as pessoas devem lavar bem as mãos e evitar o acesso de cães à horta de verduras para que as fezes não contaminem o alimento, ressalta a veterinária.
O Rio Grande do Sul desenvolve o Programa de Controle da Hidatidose, através do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), da Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS), com ações contra o agravo da doença há mais de 50 anos. O Laboratório Central do Estado (Lacen) faz o diagnóstico sorológico humano da hidatidose. Entre 2003 e 2005 foram analisadas 261 amostras de sangue que resultaram em um caso da doença em 2003, dois em 2004 e 12 em 2005. Esse aumento se deve ao maior número de exames enviados pelos municípios ao Lacen. Atualmente, a enfermidade não é de notificação obrigatória no país.
Margarete Iesbich, médica veterinária da Divisão de Vigilância Ambiental do CEVS, explica que a hidatidose é causada por um verme denominado Echinococcus granulosus que tem como hospedeiro definitivo os cães e hospedeiros intermediários os animais de produção (ovinos, bovinos, suínos, eqüinos, búfalos, etc). O homem rural tem o hábito de alimentar os cães domésticos com vísceras cruas contaminadas com o cisto hidático (bolha dagua) de ovinos abatidos a campo, relata a médica veterinária.
A contaminação humana acontece através da ingestão do ovo do parasito presente na água, alimentos ou até mesmo ao manusear cães infectados pelo parasito. Assim se instala a forma do parasito (cisto hidático) nos órgãos (pulmão, fígado, cérebro, rins e outros). A hidatidose se desenvolve de forma lenta e sem sintomas característicos. Margarete explica que não há medicamento específico para tratamento. Devido à evolução ser crônica e muitas vezes assintomática, é necessário realizar intervenção cirúrgica diz. Esse fato afasta os trabalhadores de suas atividades por longos períodos gerando elevados custos para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Para evitar o contágio do parasito, as vísceras cruas não devem ser usadas na alimentação dos cães, pois é desta forma que o ciclo se mantém. É necessário dar vermífugos aos cães, além de cozinhar as vísceras dos bovinos, ovinos, búfalos e outros ruminantes antes de fornecê-las aos caninos domésticos. Após lidar com a terra ou animais, as pessoas devem lavar bem as mãos e evitar o acesso de cães à horta de verduras para que as fezes não contaminem o alimento, ressalta a veterinária.