Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria da

Saúde

Início do conteúdo

Fibromialgia tem diagnóstico e tratamento pelo SUS no RS

Publicação:

CARD fibriomialgia

No Dia da Conscientização sobre Fibromialgia, neste12 de maio, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) orienta sobre prevenção, diagnóstico e tratamento dessa síndrome que engloba uma série de manifestações clínicas, como dor, fadiga, indisposição e distúrbios do sono. Trata-se de uma forma de reumatismo associada à sensibilidade do indivíduo frente a um estímulo doloroso.

A síndrome que afeta 2,5% da população mundial, a maioria mulheres entre 30 e 50 anos, tem tratamento e diagnóstico pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Sul. Desde 2021, o Estado conta com a Lei nº 15.606 de 29/04/21, que trata da Política Estadual de Proteção dos Direitos da Pessoa com Fibromialgia.

Conforme a coordenadora da Seção de Doenças de Condições Crônicas Não Transmissíveis da SES, Fernanda Carvalho, a fibromialgia é uma condição complexa que afeta a vida das pessoas de forma global. "Por isso, é fundamental um olhar integral por parte das equipes de saúde",  explicou. "Na Atenção Primária à Saúde (APS), além do cuidado direcionado à dor, pode ser oferecido um olhar mais abrangente que inclua questões da saúde mental, atividade física, práticas integrativas e hábitos saudáveis".

O acesso ao diagnóstico e tratamento da fibromialgia deve começar em uma das unidades de saúde da atenção primária do município de residência do paciente, onde todo o processo de investigação será iniciado e as orientações efetuadas pela equipe. Caso haja necessidade de abordagem de maior complexidade para acompanhamento, o caso poderá ser encaminhado pela equipe UBS, através do sistema GERCON (Sistema de Regulação) para serviços de média e alta complexidade habilitados pelo Estado, como ambulatórios de neurologia e de reumatologia além de outras especialidades.

Cada caso será cuidadosamente estudado pela equipe de regulação do Departamento Estadual de Regulação do Estado (DRE), que definirá a oferta mais adequada para o caso conforme as informações clínicas da equipe básica do município.

A SES também tem estimulado a pesquisa sobre a doença no Estado e a revisão e elaboração de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, que permitam uma melhor regulação de acesso, além do incentivo à formação e a capacitação de profissionais de saúde no atendimento à pessoa com fibromialgia, bem como a educação de seus familiares.

Prevenção

Estudos mostram que embora ainda não haja cura para a fibromialgia é possível controle com a prática de exercícios físicos, preferencialmente atividades aeróbicas, como andar e nadar. A hidroginástica, o alongamento e o fortalecimento muscular devem, também, ser estimulados, já que benefícios são observados. Além disso, somada à prática de exercícios, uma alimentação saudável e equilibrada pode auxiliar no alívio da dor crônica.

A dieta deve incluir frutas e vegetais frescos, grãos integrais, gorduras saudáveis como abacate e azeite. Alimentos não saudáveis, como os processados, e quantidades excessivas de gorduras saturadas devem ser evitados. Contudo, é importante procurar orientação médica especializada em tratamento da fibromialgia.

Diagnóstico

O diagnóstico da fibromialgia é eminentemente clínico, com a história, exame físico e exames laboratoriais, auxiliando a afastar outras condições que podem causar sintomas semelhantes. Não há alteração dos exames que indicam inflamação. Além disso, exames de imagem devem ser interpretados com muito cuidado, pois nem sempre os achados da radiologia são a causa da dor do paciente.

A fibromialgia também pode aparecer em pacientes que apresentam outras doenças reumáticas, como artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico, e muitas vezes dificulta uma completa melhora dos pacientes.

Tratamento

O objetivo dos tratamentos é aliviar os sintomas com melhora na qualidade de vida. A doença não traz deformidades ou sequelas nas articulações e músculos, entretanto os pacientes apresentam uma má qualidade de vida. Os Protocolos Clínicos e as Diretrizes Terapêuticas recomendam a prática de exercícios físicos regulares.

Por sua vez, em alguns casos, a terapia psicológica pode ser útil, sobretudo para aprender a lidar frequentemente com a dor crônica. Os medicamentos são úteis para diminuir a dor, melhorar o sono e a disposição do paciente e para possibilitar a prática de exercícios físicos. Alguns fármacos, como a pregabalina e a duloxetina, agem na maior sensibilidade à dor. Outros medicamentos, como relaxantes musculares, antidepressivos e analgésicos podem ser usados para alívio de diversos sintomas.

Secretaria da Saúde