Estado investe R$ 4,3 milhões em ONGs que atuam na área de DST e Aids
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Com cerca de 4 mil novos casos de Aids registrados no ano passado, o Rio Grande do Sul é o estado com maior incidência da doença no País. Para o enfrentamento dessa realidade, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) conta com a parceria das organizações não-governamentais e da sociedade civil, com as quais estão sendo firmados convênios no valor de R$ 4,3 milhões. O anúncio dos repasses foi feito pelo secretário Ciro Simoni nesta sexta-feira (30), véspera do Dia Mundial de Luta contra a Aids.
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Do total a ser repassado, R$ 770 mil são para o Fórum ONG/Aids, com o qual foi assinado hoje o convênio. Outros R$ 220 mil são destinados à Rede e Movimentos de Pessoas Vivendo com HIV e Aids. As duas entidades são instâncias de articulação do movimento social, agregando diversas organizações que trabalham com o assunto.
São 35 projetos de 25 organizações de dez cidades que serão parceiras do Estado nesse trabalho de prevenção às DST e Aids ou de assistência às pessoas que vivem com HIV. As iniciativas têm duração entre 18 e 24 meses, o que permite um maior tempo para o desenvolvimento das ações, já que anteriormente esse período era de um ano. Os recursos têm como valores máximos R$ 90 mil para ações de âmbito local (até dois municípios de abrangência) e R$ 120 mil (para três ou mais municípios de abrangência).
O secretário Ciro lembrou da importância da sociedade civil organizada em propor projetos para o Governo. "Para nós, as ONGs são irradiadoras das ações, pois serão elas que farão com que o trabalho planejado pelo Estado chegue realmente até as pessoas que precisam dele", disse.
Campanha
A SES promove nesta semana ações relativas ao Dia Mundial da Luta contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro. Na oportunidade, prédios públicos da Capital, como o Palácio Piratini e o Centro Administrativo do Estado, receberão uma iluminação especial em vermelho marcando a data. Também haverá atividades de interação com o público através de jogos educacionais nesta sexta-feira no Largo Glênio Peres (das 10h às 14h) e no sábado na Redenção (das 10h às 17h).
Em virtude dos altos índices, a campanha busca incentivar as pessoas a fazerem o teste de HIV. A mensagem reforça que a o exame é fácil, além de gratuito, sigiloso e anônimo. Por outro lado, a dúvida de ter a doença e não saber traz mais riscos, tanto para o portador quanto para seus parceiros ou parceiras. Sem o diagnóstico da doença, a pessoa não inicia o tratamento e pode vir a infectar as pessoas com quem se relaciona. O exame está disponível na rede pública, como nos 23 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), onde as pessoas podem realizar o teste e receber orientações.
NÚMEROS DA AIDS NO RIO GRANDE DO SUL
(Fonte: Ministério da Saúde)
Histórico de casos notificados no RS:
-
2011: 4.315
2005: 3.681
2010: 4.183
2004: 3.792
2009:4.319
2003: 4.304
2008: 4.658
2002: 4.261
2007: 4.890
2001: 3.430
2006: 4.040
2000: 3.212
1980-2011: 63.842
Ranking da taxa de incidência (por 100 mil habitantes) de casos notificados em 2011 - em municípios com mais de 50 mil habitantes
-
1º
Alvorada
97,7
2º
Porto Alegre
95,3
3º
Canoas
77,8
4º
Uruguaiana
66,2
5º
Sapucaia do Sul
66,1
6º
Viamão
61,2
7º
São Leopoldo
60,7
8º
Cruz Alta
59,2