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Dia D da vacinação contra a gripe será neste sábado, 10 de maio

Cerca de 400 municípios gaúchos irão realizar atividades de mobilização na data

Publicação:

um braço de um a pessoa idosa recebendo a aplicação da vacina por meio de uma seringa

No Dia D da vacinação contra a gripe (influenza), no próximo sábado, 10 de maio, cerca de 400 municípios do Rio Grande do Sul irão realizar atividades de mobilização para chamar a atenção sobre a importância da imunização dos grupos prioritários 

O objetivo é proteger a população que integra o público-alvo para reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus influenza, a firma a Diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Tani Ranieri.  Com a proteção da vacina, também é possível reduzir a sobrecarga no atendimento dos serviços de saúde, em decorrência das doenças respiratórias.   

Em 2025, foram notificados no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP Gripe), 318 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave ( SRAG) por Influenza, desses 26 evoluíram para óbito. O principal tipo identificado foi Influenza A, subtipo H1N1. 

O período de maior circulação da Influenza, ou seja, a sazonalidade ocorre principalmente no inverno.  Observa-se, portanto, um aumento no número de casos e óbitos a partir de meados de abril, quando foram notificados 66 casos de SRAG por Influenza, desses, seis evoluíram para óbito. 

Estratégia no RS 

Iniciada em abril deste ano, a campanha da vacinação no Rio Grande do Sul tem um público-alvo composto por mais de 5,3 milhões de pessoas que fazem parte dos grupos prioritários. Eles foram selecionados pelo Ministério da Saúde por serem de maior risco de agravamento ou de maior exposição. 

Grupos prioritários para a vacinação e público estimado no RS: 

- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos (5 anos, 11 meses e 29 dias): 830.039 

- Gestantes (qualquer período gestacional): 90.731 

- Idosos (a partir dos 60 anos de idade): 2.314.385 

- Trabalhadores da saúde: 453.057 

- Puérperas (até 45 dias após o parto): 14.915 

- Professores dos ensinos básico e superior: 153.385 

- Povos indígenas: 41.091 

- Pessoas em situação de rua: 4.128 

- Profissionais das forças de segurança e de salvamento: 28.178 

- Profissionais das Forças Armadas: 38.899 

- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade): 665.072 

- Pessoas com deficiência permanente: 464.668 

- Caminhoneiros: 128.564 

- Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso): 29.034 

- Trabalhadores portuários: 4.051 

- Trabalhadores dos Correios: 5.347 

- Funcionários do sistema de privação de liberdade: 6.745 

- População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos): 34.948 

- Total: 5.324.874 

 Meta 

A meta é vacinar 90% das gestantes, crianças e idosos. Para os demais grupos que serão vacinados na estratégia especial, não é estipulado uma meta, visto que o número de pessoas é um valor estimado. Esse índice, contudo, ficou abaixo do esperado nos últimos anos: 79,3% em 2021; 65,2% em 2022; 56,4% em 2023 e 52,3% em 2024. 

Uma das novidades a partir deste ano é a inclusão da vacina da gripe no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos (a partir de 60 anos de idade), tornando permanente a proteção para esses públicos. Ou seja, a vacinação a esses públicos fica disponível ao longo do ano todo (a partir da chegada das doses). 

Outros grupos também poderão receber a vacina, como os profissionais da saúde, professores, forças de segurança, população privada de liberdade, pessoas com comorbidades e demais selecionados conforme critérios do Ministério da Saúde. 

um frasco de vacina
Vacina é a melhor forma de prevenção - Foto: Marcelo Bernardes ACS/SES

Proteção 

A vacinação é considerada a melhor estratégia de prevenção contra a influenza e possui capacidade de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus, reduzindo o agravamento da doença, as internações e o número de óbitos. 

A influenza é uma infecção respiratória viral aguda que afeta o sistema respiratório, de elevada transmissibilidade, distribuição global e com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais, podendo também causar pandemias. Os casos de influenza podem variar de quadros leves a graves e podem levar ao óbito. 

A vacina contra influenza é produzida no Brasil pelo instituto Butantan. As vacinas das campanhas atuais são trivalentes e protegem contra os tipos de vírus influenza A (de dois subtipos H1N1 e H3N2) e influenza B, que são os vírus de maior importância epidemiológica, de acordo com a própria Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Situação epidemiológica no RS 

São contabilizados para registro epidemiológico os casos de hospitalizações por síndromes respiratórias agudas graves (SRAG), caracterizadas por quadros de síndromes gripais, dispneia (desconforto respiratório) e/ou sinais de gravidade, como baixa saturação de oxigênio no sangue. Quando identificado um caso com essas características no momento da internação, é feita a coleta de amostras (secreção nasal) para a realização de exame. 

Entre os vírus que são possíveis de detecção estão a influenza, a covid-19 e o vírus sincicial respiratório (VSR). Para a melhor visualização das notificações desses tipos de hospitalizações, a SES, por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), dispõe desde 2023 desses dados em um painel aberto para consulta e acompanhamento, disponível em ti.saude.rs.gov.br/srag. Nele, as notificações podem ser filtradas por lugar (Estado, cidades, coordenaria regional), tempo (datas do início dos sintomas), evolução (internado, recuperado ou óbito) e perfil das pessoas (faixa etária, sexo e raça). 

Ressalta-se, no caso da gripe influenza, o aumento registrado nos últimos anos, com 2024 o período de maior número de casos (SRAG) e óbitos na série histórica após a pandemia de H1N1 ocorrida em 2009. 

 

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