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Com aumento da coqueluche no Brasil e no mundo, Rio Grande do Sul reforça cuidados e prevenção à doença

Vacinas contra a doença estão disponíveis para crianças, gestantes, profissionais e trabalhadores de saúde

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Vacina pentavalente é recomendada aos 2, 4 e 6 meses - Foto: Divulgação/SES-RS

Com ampliação do número de casos de coqueluche no mundo e até mesmo em alguns estados brasileiros, como São Paulo e Rio de Janeiro, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) intensifica as orientações de cuidado e prevenção à coqueluche, em especial a vacinação. Até o momento, o Estado não verificou um aumento expressivo na confirmação de casos.

Em 2024, até 6 de julho, foram confirmados no Rio Grande do Sul 14 casos e oito permanecem em investigação. No mesmo período, no ano de 2023, havia ocorrido a confirmados 11.

Situação no Brasil e no mundo

Em maio deste ano, a União Europeia divulgou Boletim Epidemiológico constando aumento da doença em pelo menos 17 países, com mais de 32 mil casos foram registrados de coqueluche nos três primeiros meses de 2024, contra 25 mil ao longo de todo o ano passado.

No Brasil, alguns estados têm demostrado aumento significativo nos casos da doença. No Rio de Janeiro, a Secretaria Estadual de Saúde registrou um aumento de mais de 300% de casos da doença até julho deste ano, comparado ao ano de 2023 inteiro. Na cidade de São Paulo foram 165 casos em 2024, número bem maior que os 14 registrados no mesmo período do ano passado, segundo a Secretaria Municipal da Saúde.

Coqueluche

A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada pela bactéria Bordetella pertussis. Sua principal característica são as crises de tosse seca, atingindo também traqueia e brônquios.

A transmissão da coqueluche ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. O tempo que os sintomas começam a aparecer desde o momento da infecção, é de, em média, cinco a 10 dias podendo variar de quatro a 21 dias e, raramente, até 42 dias.

O tratamento da coqueluche é feito basicamente com antibióticos, que devem ser prescritos por um médico especialista, conforme cada caso. É importante procurar uma unidade de saúde para receber o diagnóstico e tratamento adequados, assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas. As crianças, quando diagnosticadas com coqueluche, frequentemente ficam internadas, tendo em vista que os sintomas nelas são mais severos e podem provocar a morte.

Sintomas

- Crises de tosse e guincho inspiratório

- Mal-estar geral

- Corrimento nasal (coriza)

- Tosse seca

- Febre baixa

- Tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada

- Tosse pode ser tão intensa que pode comprometer a respiração

- Crise de tosse pode provocar vômito ou cansaço extremo

Geralmente, os sinais e sintomas da coqueluche duram entre seis a 10 semanas, podendo durar mais tempo, conforme o quadro clínico e a situação de cada caso.

Vacinação

A principal medida de prevenção contra coqueluche é a vacinação. O calendário vacinal de rotina das crianças, contempla a aplicação de três doses com a vacina pentavalente (aos dois, quatro e seis meses de idade) e dois reforços aos 15 meses e quatro anos de idade com a tríplice bacteriana, que pode ser aplicada até se completar sete anos de idade.

A vacina contra a coqueluche está indicada, além do calendário vacinal de rotina das crianças, para gestantes com a vacina tríplice bacteriana acelular tipo adulto (dTpa), sendo administrada a cada gestação, a partir da vigésima semana até, preferencialmente, 20 dias antes da data provável do parto.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) também prevê a indicação da dTpa para profissionais de saúde, estagiários da área (que atuam em maternidades e em unidades de internação neonatal, atendendo recém-nascidos) e parteiras tradicionais, considerando o histórico vacinal de difteria e tétano.

Em razão da crescente nos casos neste ano, o PNI também ampliou em maio, de forma excepcional, a indicação da vacina dTpa para trabalhadores da saúde que atuam nos serviços públicos e privados, ambulatorial e hospitalar, com o atendimento em ginecologia e obstetrícia; parto e pós-parto imediato, incluindo as casas de parto; Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) neonatal convencional, UCI Canguru, berçários e pediatria; profissionais que atuam como doula; e trabalhadores que atuam em berçários e escolas infantis, com atendimento de crianças até quatro anos de idade.

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