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Centro de Informação Toxicológica reforça os cuidados com águas-vivas no litoral

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Guarda-vidas usam bandeira na cor lilás para indicar a presença dos animais na água.
Guarda-vidas usam bandeira na cor lilás para indicar a presença dos animais na água. - Foto: Divulgação/CBMRS
O Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul (CIT) ressalta os cuidados que os banhistas do litoral gaúcho devem ter com a presença de animais marinhos, como águas-vivas (ou mães-d'água) e caravelas. O contato com esses animais – chamados de cnidários - pode causar dor intensa, ardência, lesões e bolhas na pele. Somente em janeiro, já foram notificados mais acidentes desse tipo do que em todo o ano passado.
A bióloga Kátia Moura, do CIT, ressalta que, em caso de contato com os animais, os banhistas devem lavar o local com água do mar e fazer compressas com vinagre. “Nunca se deve usar água doce, pois ela piora a situação, estourando bolhas tóxicas que a água-viva possui”, frisa. “O vinagre é a principal forma de agir, pois consegue neutralizar as toxinas”, completa. Caso algum tentáculo fique grudado na pele, ela acrescenta que a pessoa não o puxe quando estiver fora da água. “Se precisar, faça isso ainda dentro do mar, com a área submersa. Caso já esteja na areia, só puxe se puder ir molhando o local com o vinagre”, orienta Kátia. Não devem ser aplicadas substâncias sem indicação médica nem pisar ou manipular animais mortos na beira da praia, pois eles ainda podem causar acidentes.
Caso persista a vermelhidão e/ou dor no local, a recomendação é procurar atendimento médico. O CIT também pode dar mais orientações pelo plantão 24 horas (inclusive feriados, sábados e domingos) pelo telefone 0800-721-3000.
 
 
Números de acidentes notificados
As primeiras semanas de 2019 já superaram os números do ano passado de acidentes com águas-vivas. Até o dia 30 de janeiro já eram 98 registros, contra 69 de 2018, de acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Os números desse ano, contudo, ainda são inferiores a 2017, quando foram notificados 221 casos. Em 2019, as ocorrências mais frequentes foram em Imbé (com 64 acidentes) e Arroio do Sal (25). Torres (7), Capão da Canoa (1) e Rio Grande (1) foram os demais municípios a registrar casos.
 
Como esses números representam os casos registrados pelos serviços de saúde, muitos outros casos de acidentes ocorrem, só que sem gerar a notificação. “Hoje, em muitos pontos do litoral, os próprios guarda-vidas já possuem vinagre consigo para auxiliar os banhistas em caso de acidente, isso faz com que a pessoa não precise procurar atendimento médico posterior, diminuindo os registros informados ao sistema”, observa a bióloga Kátia Moura, do CIT.
 
 
Bandeira lilás nas praias
 
Os guarda-vidas do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul utilizam desde 2015 uma bandeira específica para sinalizar aos banhistas a presença de águas-vivas nas praias gaúchas. Ela é da cor lilás e fica anexada próxima às guaritas quando os profissionais identificam a presença dos animais na água. Além disso, os guarda-vidas mantêm em seus postos de trabalho frascos com vinagre, para prestar os primeiros atendimentos nos casos de acidentes.
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