Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria da

Saúde

Início do conteúdo

Vigilância promove oficina sobre investigação de surtos de intoxicação por agrotóxicos

Publicação:

Mulher da área técnica fala ano microfone para um público no auditório
Evento ocorreu no auditório da Escola de Saúde Pública - Foto: Marcelo Bernardes / SES

A experiência de vigilância em saúde das populações expostas a agrotóxicos no município de Ronda Alta foi apresentada durante a Oficina sobre Investigação de Surtos de Intoxicação Exógena por agrotóxicos, realizada nesta quinta-feira (18/4), na Escola de Saúde Pública (ESP/RS), em Porto Alegre. A programação também incluiu uma palestra sobre o panorama das intoxicações por agrotóxicos no Rio Grande do Sul e a apresentação do protocolo de Vigilância em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos (VESPEA). 

Participaram do evento, além da consultora técnica na coordenação geral de vigilância em saúde ambiental no Ministério da Saúde, Denise Piccirillo da Veiga, representantes de Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) e de vigilâncias municipais. Na oportunidade foram feitos estudos de casos e troca de experiências. A oficina foi promovida pela Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), da Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Em 2023 foram registrados 923 casos de intoxicação por agrotóxicos no Rio Grande do Sul. Um dado considerado pela área técnica do Cevs ainda muito distante da realidade, uma vez que existe uma grande sub-notificação nesta área por parte dos gestores municipais de saúde. A sanitarista do CEVS, Vanda Garibotti, diz que “embora o registro dos casos seja obrigatório no sistema de informação SINAN, ainda temos muitos municípios chamados de silenciosos que não realizam essas notificações”. Segundo ela, essa sub-notificação, inclusive, diminuiu mais durante a pandemia de covid-19. Em 2019, na pré-pandemia foram 1078 casos, tendo reduzido para 328 registros em 2022. Até abril deste ano, já foram registados 218 casos de intoxicações por agrotóxicos no RS.

Formas de exposição e sintomas

As principais formas de exposição aos agrotóxicos se dão por meio do contato dos trabalhadores aplicadores dos produtos, principalmente entre os agricultores de áreas rurais. Porém os riscos de intoxicação também atingem as populações do entorno das lavouras, ou pelo consumo de água e ou de alimentos contaminados. 

Além dos conhecidos defensivos agrícolas, pesticidas, praguicidas ou venenos de uso agrícola, também existem os de uso veterinário, raticidas e de uso domiciliar, que podem ser classificados por finalidade de usos, como herbicidas, inseticidas, carrapaticidas e fungicidas.

Os sinais e sintomas observados nas intoxicações agudas por agrotóxicos dependem do produto e da magnitude da exposição. De uma forma geral, irritações dérmicas e oculares, irritações do trato respiratório superior e inferior, respostas alérgicas, sintomas gastrointestinais e manifestações neurológicas podem ser observados em casos de intoxicações agudas. Uma das grandes preocupações na exposição aos agrotóxicos é a intoxicação crônica, que pode impactar diferentes órgãos e sistemas do corpo humano, com destaque para as manifestações neurológicas, imunológicas, respiratórias, endócrinas, hematológicas, dermatológicas, hepáticas, renais, malformações congênitas, tumores, entre outros.

Acesse os conteúdos apresentados: 

Protocolo de Ações da Vigilância em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos (VESPEA)

Cenário das intoxicações por agrotóxicos no RS

Secretaria da Saúde