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Vigilância das meningites é tema oficina com municípios e hospitais

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De pé, a palestrante fala. Na frente, a plateia assiste sentada.
Objetivo do encontro foi qualificar o monitoramento dos casos da doença. - Foto: Divulgação/SES

Cerca de 150 profissionais de todo o Estado estiveram nesta quarta-feira (23) reunidos para uma oficina de atualização da vigilância da meningite promovida pela Secretaria Estadual da Saúde (SES). Foram convidados representantes dos hospitais e municípios que mais notificaram casos da doença nos últimos anos. A atividade contou ainda com a presença de representantes do Ministério da Saúde, das regionais da SES, e do Laboratório Central do Estado (Lacen). 

A coordenadora do Programa Nacional de Vigilância das Meningites do Ministério da Saúde, Camile Moraes, falou do perfil epidemiológico do país. “A doença meningocócica é considerada endêmica no Brasil, ou seja, circula dentro de um padrão”, comentou. Ela explicou que a bactéria que causa a doença (Neisseria meningitidis ou meningococo) se aloja nas vias respiratórias e, na grande maioria dos casos, não vai causar nenhum sintoma na pessoa, podendo permanecer de dias até anos com a pessoa. “Mesmo que o portador não tenha apresentado sintoma, ele pode transmitir a bactéria para outra pessoa, é isso que mantém a circulação”, completou. Para conter o contágio, segundo Camile, é preciso um contágio direto, próximo e prolongado entre uma pessoa e outra, já que essa bactéria não sobrevive no ambiente. Por isso, as ocorrências mais comuns acontecem entre familiares que moram junto, pessoas que dividem dormitórios ou crianças colegas de escolas infantis.

Por parte do Rio Grande do Sul, a enfermeira Letícia Garay Martins, do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) apresentou um panorama do Estado e destacou a importância de um monitoramento efetivo dos casos. “A notificação em tempo oportuno é o que nos permite desencadear as medidas de controle e prevenção adequadas”, afirmou. “O aumentou no número de casos fora de um padrão é o que vai nos demandar ações imediatas, como as que foram adotadas em Cachoeirinha”, relatou Letícia. No início do mês, em um bairro do município da Região Metropolitana foi identificada a ocorrência de um surto comunitário, quando há – dentro de um período de tempo e em uma área restrita - o registro de três ou mais casos sem vínculo um com outro. Na oportunidade, a vigilância em saúde atuou com a quimioprofilaxia (tratamento prévio com antibióticos) dos contatos próximos e uma estratégia de vacinação de jovens até 20 anos.

 

Nova técnica de exame

O Laboratório Central do Estado (Lacen) participou com a apresentação de nova técnica laboratorial. Esse tipo de exame, chamado de PCR (sigla, em inglês, para reação em cadeia da polimerase) permite a identificação de bactérias através na análise do código genético desses organismos, o que o faz ser mais abrangente, sensível e específico.

 

Situação no RS

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) esclarece ainda que, fora Cachoeirinha, não houve outras cidades ou regiões no RS que tivessem apresentado em 2015 notificações de meningite fora dos níveis normais de circulação da doença. Neste ano, até o momento, foram confirmados 48 casos de doença meningocócica, com 13 óbitos entre eles.

 

 

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