Na tarde dessa quarta-feira (30), pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estiveram na Capital gaúcha para conhecer o programa Primeira Infância Melhor, uma das prioridades do governo do Estado coordenado pela Secretaria Estadual da Saúde. A visita marca o início de uma parceria entre USP e a SES. Os métodos de abordagem do PIM serão utilizados em uma pesquisa a ser feita pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade. Para o pesquisador Renato Alves, as maiores vítimas da violência são as crianças. "As políticas públicas, normalmente, se preocupam com os jovens quando eles cometem um delito. Esquecendo que é na infância que a formação de caráter começa a se formar. O PIM é um programa de governo que se preocupa com essa parcela da população", afirmou Alves.

Para a diretora-geral e secretária adjunta da Secretaria da Saúde (SES), Arita Bergmann, um intercâmbio entre universidades e o governo do Estado é de extrema importância para o sucesso dos projetos. "A nossa pesquisa vai verificar o quanto esse tipo de programa contribui para o desenvolvimento da criança", explicou Renato Alves. A pesquisa será realizada com 200 adolescentes, de 15 a 19 anos, na periferia de São Paulo e terá duração de três anos. O pesquisador afirmou que ficou impressionado com a organização do programa. "O grande envolvimento das visitadoras e o monitoramento do processo, explica a duração do PIM e a criação de uma Lei que o transformou em política permanente de saúde", ressaltou o pesquisador.

O PIM foi implantado em 7 de abril de 2003 e tem como foco o estímulo ao desenvolvimento integral da criança do zero aos seis anos de idade. Neste momento, o programa está presente em 216 municípios gaúchos. O trabalho é desenvolvido por 1.470 visitadores que atendem a 55.125 crianças, beneficiando 36.750 famílias. O PIM também dá atendimento a 4.410 gestantes no RS.