Termina dia 1º/2 o prazo para inscrição em curso online sobre controle da hanseníase
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O controle da hanseníase é tema de uma capacitação online dirigida a profissionais de saúde, no dia 4/2, dentro da programação do Janeiro Roxo no Rio Grande do Sul, mês dedicado às ações de alerta sobre sintomas, prevenção e tratamento da doença.
São 500 vagas e as inscrições podem ser realizadas até o dia 1/2 (terça-feira), com envio de ficha de inscrição para o e-mail hanseniase.rs@gmail.com. Os inscritos receberão um dia antes do evento o link de transmissão.
A atividade será realizada em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia e Ministério da Saúde, tendo como público-alvo profissionais de saúde de nível superior da atenção primária (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos).
Programação da Capacitação sobre Hanseníase para profissionais da Atenção Primária em Saúde
Outras ações no RS
Outras ações também estão sendo realizadas no Estado alusivas ao Dia Mundial de Combate à doença (último domingo do primeiro mês do ano), no Rio Grande do Sul.
Também em São Borja, para a formação de profissionais, o Ambulatório de Dermatologia Sanitária, vinculado à Secretaria da Saúde (SES), capacitou as equipes de saúde, em 2019, por meio de uma parceria entre a Fundação Sassakawa e Programa Estadual de Controle da Hanseníase (PECH). O Ambulatório de Dermatologia segue fazendo essas capacitações práticas às equipes que precisarem. O objetivo é orientar os profissionais com relação ao diagnóstico precoce, utilizando-se de avaliação neurológica simplificada, e na realização dos testes de sensibilidade, entre outros procedimentos.
Live pelo yotube
Em 30/1 também está agendada uma live sobre o enfrentamento à doença, promovida pelo Morhan - Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase. Terá transmissão pelo canal youtube.com/c/TVMORHAN, das 19h às 21h, quando serão abordados assuntos como a situação da hanseníase no Rio Grande do Sul, a importância do diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Sobre a doença
Conforme a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, da Secretaria da Saúde (SES/RS), Márcia Lira,“a hanseníase, conhecida como lepra, é uma doença crônica, contagiosa, não hereditária e curável e tem tratamento pelo SUS”. Ela informa, ainda, que a hanseníase é um agravo transmissível, de notificação compulsória e de investigação obrigatória em todo território nacional. Possui como agente etiológico o Micobacterium leprae, o bacilo de Hansen.
Transmitido pelas vias aéreas superiores (espirro e tosse), tem predileção por pele e nervos periféricos e se manifesta por lesões de pele com diminuição ou ausência de sensibilidade. Cerca de 85% a 90% da população tem defesas biológicas contra o bacilo causador da hanseníase, e esta parcela não corre risco de desenvolver a doença. Os 10% a 15% restantes, que correm o risco de contrair a doença, são os chamados contatos intradomiciliares, pessoas que convivem, ou conviveram, com um doente que não esteja em tratamento, por mais de cinco anos.
A hanseníase apresenta longo período de incubação, ou seja, tempo em que os sinais e sintomas se manifestam desde a infecção. Geralmente, é em média de 3 a 7 anos. Há referências com períodos mais curtos, de 7 meses, como também mais longos, de 10 anos ou mais.
De acordo com os últimos dados epidemiológicos, registrados há cinco anos, o Rio Grande do Sul, em 2017 apresentou 112 casos novos no ano, 11,6% paucibacilares (com menos bacilos, a forma menos contagiosa) e 88,4% multibacilares (muitos bacilos, a forma mais contagiosa) distribuídos em 64 municípios dos 497 municípios do Estado.
Marcia Lira explica o diagnóstico tardio é uma das causas do aumento de pacientes com incapacidades instaladas, que poderiam ser evitadas. “É preciso buscar a hanseníase, falar sobre sinais e sintomas, manter continuamente o processo de capacitação das equipes de saúde, estimulando um olhar atento para a doença e vigilância constante”, enfatiza a coordenadora.
Os sinais e sintomas mais frequentes da hanseníase são:
• Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas.
• Áreas com diminuição dos pelos e do suor.
• Dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas.
• Inchaço de mãos e pés.
• Diminuição sensibilidade e/ou da força muscular da face, mãos e pés, devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos.
• Úlceras de pernas e pés.
• Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
• Febre, edemas e dor nas juntas.
• Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz.
• Ressecamento nos olhos.