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Termina dia 1º/2 o prazo para inscrição em curso online sobre controle da hanseníase

Publicação:

Card da campanha com o desenho de uma pessoa estilizada com a mensagem: "Hanseníase tem Cura- Cure também o Preconceito".
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O controle da hanseníase é tema de uma capacitação online dirigida a profissionais de saúde, no dia 4/2, dentro da programação do Janeiro Roxo no Rio Grande do Sul, mês dedicado às ações de alerta sobre sintomas, prevenção e tratamento da doença.

São 500 vagas e as inscrições podem ser realizadas até o dia 1/2 (terça-feira), com envio de ficha de inscrição para o e-mail hanseniase.rs@gmail.com. Os inscritos receberão um dia antes do evento o link de transmissão.

A atividade será realizada em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia e Ministério da Saúde, tendo como público-alvo profissionais de saúde de nível superior da atenção primária (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos).

Ficha de inscrição para Capacitação sobre Hanseníase para profissionais de Saúde da Atenção Primária - 2022

Programação da Capacitação sobre Hanseníase para profissionais da Atenção Primária em Saúde

Outras ações no RS

Outras ações também estão sendo realizadas no Estado alusivas ao Dia Mundial de Combate à doença (último domingo do primeiro mês do ano), no Rio Grande do Sul.

Material Informativo de São Borja
Material Informativo de São Borja
No município de São Borja, por exemplo, localizado na Região das Missões e vinculado à 12ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), as equipes estão trabalhando com uma campanha de alerta e conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce, através de materiais informativos distribuídos nas Unidades de Atenção Primária de Saúde.

Também em São Borja, para a formação de profissionais, o Ambulatório de Dermatologia Sanitária, vinculado à Secretaria da Saúde (SES), capacitou as equipes de saúde, em 2019, por meio de uma parceria entre a Fundação Sassakawa e Programa Estadual de Controle da Hanseníase (PECH). O Ambulatório de Dermatologia segue fazendo essas capacitações práticas às equipes que precisarem. O objetivo é orientar os profissionais com relação ao diagnóstico precoce, utilizando-se de avaliação neurológica simplificada, e na realização dos testes de sensibilidade, entre outros procedimentos.

Live pelo yotube

Em 30/1 também está agendada uma live sobre o enfrentamento à doença, promovida pelo Morhan - Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase. Terá transmissão pelo canal youtube.com/c/TVMORHAN, das 19h às 21h, quando serão abordados assuntos como a situação da hanseníase no Rio Grande do Sul, a importância do diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Sobre a doença

Conforme a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, da Secretaria da Saúde (SES/RS), Márcia Lira,“a hanseníase, conhecida como lepra, é uma doença crônica, contagiosa, não hereditária e curável e tem tratamento pelo SUS”. Ela informa, ainda, que a hanseníase é um agravo transmissível, de notificação compulsória e de investigação obrigatória em todo território nacional. Possui como agente etiológico o Micobacterium leprae, o bacilo de Hansen.

Transmitido pelas vias aéreas superiores (espirro e tosse), tem predileção por pele e nervos periféricos e se manifesta por lesões de pele com diminuição ou ausência de sensibilidade. Cerca de 85% a 90% da população tem defesas biológicas contra o bacilo causador da hanseníase, e esta parcela não corre risco de desenvolver a doença. Os 10% a 15% restantes, que correm o risco de contrair a doença, são os chamados contatos intradomiciliares, pessoas que convivem, ou conviveram, com um doente que não esteja em tratamento, por mais de cinco anos.

A hanseníase apresenta longo período de incubação, ou seja, tempo em que os sinais e sintomas se manifestam desde a infecção. Geralmente, é em média de 3 a 7 anos. Há referências com períodos mais curtos, de 7 meses, como também mais longos, de 10 anos ou mais.

De acordo com os últimos dados epidemiológicos, registrados há cinco anos, o Rio Grande do Sul, em 2017 apresentou 112 casos novos no ano, 11,6% paucibacilares (com menos bacilos, a forma menos contagiosa) e 88,4% multibacilares (muitos bacilos, a forma mais contagiosa) distribuídos em 64 municípios dos 497 municípios do Estado.

Marcia Lira explica o diagnóstico tardio é uma das causas do aumento de pacientes com incapacidades instaladas, que poderiam ser evitadas. “É preciso buscar a hanseníase, falar sobre sinais e sintomas, manter continuamente o processo de capacitação das equipes de saúde, estimulando um olhar atento para a doença e vigilância constante”, enfatiza a coordenadora.

Os sinais e sintomas mais frequentes da hanseníase são:

Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas.
• Áreas com diminuição dos pelos e do suor.
• Dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas.
• Inchaço de mãos e pés.
• Diminuição sensibilidade e/ou da força muscular da face, mãos e pés, devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos.
• Úlceras de pernas e pés.
• Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
• Febre, edemas e dor nas juntas.
• Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz.
• Ressecamento nos olhos.

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