A Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS), via Centro Estadual da Saúde (CEVS), está participando, junto com a Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa), de uma campanha para alertar a população contra a falsificação de produtos ortopédicos para implantes. De acordo com a diretora substituta do CEVS, Jane Leonardo, os pacientes que já fizeram implantes devem procurar o médico que realizou a cirurgia, "pois ele é o profissional habilitado a avaliar o sucesso da operação e do período pós-operatório". Também podem procurar o hospital em que a cirurgia foi realizada para a obtenção de informações sobre a prótese implantada. O CEVS irá disponibilizar no site da Saúde texto com as principais dúvidas sobre a questão. Além disso, a SES dispõe o Disque Vigilância 150 para informações.  

O termo "metalose" se refere ao processo de desgaste da prótese dentro do organismo humano e à necrose de tecidos do local onde a prótese foi implantada. Isto ocorre pela reação do organismo ao uso de materiais inadequados para implantes. O processo de metalose pode levar à necessidade de amputação do membro afetado.

Em todo o país, a Anvisa auxilia a Polícia Federal (PF) na continuidade das investigações relativas à Operação Metalose para coibir a adulteração dos produtos. A operação é resultado do trabalho de monitoramento da agência de vigilância sobre problemas ocorridos com próteses que apresentaram graves desvios de qualidade, como o uso de metal inadequado para a fabricação desses materiais.

Os envolvidos responderão pelo crime correspondente a falsificar, corromper e adulterar produtos de uso médico-hospitalar. A pena varia entre 10 e 15 anos de reclusão. A Anvisa estará à disposição da população para esclarecimentos sobre as próteses por meio do Disque-Saúde (0800-611997) e pelo e-mail ouvidoria@anvisa.gov.br.