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Saúde adverte sobre estado de conservação de pescados

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O peixe é um alimento saudável, mas requer alguns cuidados na hora da compra. Há que se observar alguns detalhes em sua aparência, como textura e, principalmente, os olhos, que, além de brilhantes e vivos, devem preencher todo o espaço ocular. Aos distraídos que vão aos mercados e às feiras livres em busca do pescado para a Semana Santa, toda atenção é necessária. A ordem é evitar situações desagradáveis, como a que enfrentou o arquiteto José Garcia, que lamentou o dia em que resolveu pôr em prática uma receita de família, à base de cação. A surpresa, segundo ele, foi desagradável e inesquecível.

Conta o arquiteto que, após preparar o prato tão aguardado pelas visitas, sentiu um odor insuportável de amônia. Pensou que fosse falha do seu olfato, mas enganou-se. Seus amigos também perceberam o cheiro e, conseqüentemente, um sabor estranho. Isto seria considerado um problema, não fosse o tipo de peixe escolhido. Segundo a chefe da Seção de Produtos do Setor de Vigilância Sanitária, da Secretaria Estadual da Saúde, Suzana Lima, o cheiro de amônia é característico de peixes com couro, que praticamente não possuem escamas, como o cação e a raia. Eles possuem um alto teor de uréia no sangue, nos músculos, na pele e nas vísceras, o que lhes confere esse cheiro característico, segundo Suzana.

Por outro lado, ela alerta que, quando a sangria desse tipo de peixe é mal feita, a substância citada transforma-se em amônia. Se o cheiro de amônia estiver muito forte, é porque o produto está entrando em processo de deterioração, adverte a técnica. Com a proximidade da Semana Santa, a Secretaria Estadual da Saúde lembra os consumidores sobre as precauções que devem ser tomadas ao escolher um peixe fresco (in natura) nas feiras livres ou nas peixarias dos supermercados. Para não estragar aquela receita de família, convém observar algumas regras básicas, como: checar se a musculatura do peixe está resistente, o que se pode comprovar através do toque; se as suas aberturas naturais (ânus) estão bem vedadas; se a pele está brilhante, as escamas reluzentes e bem aderidas; os olhos vivos, que preencham toda órbita e, finalmente, que exalem o odor característico dos pescados frescos.

Nos locais de venda, o produto deve estar sempre coberto de gelo. Trinta por cento do peso do peixe devem estar constituídos de gelo e serem mantidos sob uma temperatura de 7º C, para produtos in natura. Já os congelados, precisam ser conservados a 18 Cº negativos, completa Suzana Lima, informando que a fiscalização do comércio de peixes cabe às vigilâncias sanitárias dos municípios. Em de Porto Alegre, reclamações podem ser feitas no telefone (51) 3289 -2400, que pertence à vigilância da Prefeitura Municipal. Os peixes industrializados são vistoriados pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento, através do Serviço de Inspeção Federal (SIF).
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