A regionalização do parto e do nascimento foi o tema de uma mesa realizada nesta quinta-feira (10) no Congresso das Secretarias Municipais de Saúde 2017, realizado em Porto Alegre. A proposta, aprovada pela Comissão Intergestores Bipartite, gerou uma portaria, publicada no Diário Oficial do Estado em maio deste ano, que prevê incentivos financeiros para a realização de partos em hospitais com, pelo menos, 365 partos anuais, ou 200 em locais considerados vazios assistenciais. A medida tem como objetivo qualificar a atenção à saúde da gestante e do recém-nascido e, com isso, reduzir a mortalidade materno-infantil.

O secretário adjunto da Saúde do Estado, Francisco Paz, enfatizou a necessidade de atenção qualificada ao parto. "Temos que dar condições de parto seguro às gestantes e, até o fim deste ano, pretendemos que a política esteja totalmente implantada e que isso culmine na queda dos índices de mortalidade materno-infantil", declarou.

A coordenadora da Seção de Saúde da Criança e Adolescente da SES, Eleonora Walcher, apresentou dados que mostram que a realização de partos em hospitais que efetuam um número menor de partos por ano aumenta os riscos às mães e aos bebês. Dessa forma, a concentração de ações em serviços que realizam maior quantitativo de procedimentos promove a qualificação da atenção e a melhoria dos indicadores de saúde.

O Congresso COSEMS/RS reúne, anualmente, secretários e gestores de 497 municípios do Estado, além de representantes das gestões estadual e federal de saúde, como coordenadores regionais e diretores de departamentos e fundações. O evento iniciou na terça-feira (08) e encerra nesta quinta-feira (10), no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, e a programação inclui debates, cursos, discussões e exposições.