Recomendada profilaxia contra leptospirose para quem teve contato prolongado com água de enchentes
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A Secretaria Estadual da Saúde (SES) divulgou nesta segunda-feira (06/05) que passa a ser recomendada a quimioprofilaxia, com avaliação médica, contra a leptospirose para pessoas que estiveram expostas à água de enchente por período prolongado e para equipes de socorristas de resgate e voluntários com exposição prolongada a água de enchente. A recomendação foi publicada em Nota Técnica divulgada conjuntamente com a Sociedade Brasileira e Gaúcha de Infectologia.
A quimioprofilaxia é uma estratégia de prevenção de doenças infecciosas que envolve o uso de medicamentos para reduzir o risco de infecção em indivíduos expostos a agentes infecciosos.
A medida, também prevista em nota pelo Ministério da Saúde, é baseada em revisões e publicações científicas, incluindo um guia de tratamento publicado pela Organização Mundial da Saúde em 2003, apontando que a profilaxia com antimicrobianos pode ser realizada em situações de alto risco como é a que o RS presencia.
A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela bactéria do gênero Leptospira, comumente adquirida através do contato com água ou solo contaminados pela urina de animais infectados. Após eventos como enchentes, há um aumento do risco de transmissão. Há nesse cenário do Estado um risco elevado de infecção quando as pessoas retornam às suas residências. Nessas situações, quando possível, devem ser utilizadas botas e luvas onde vier a ocorrer o contato com água suja ou lama.
A indicação principal de medicamento para a quimioprofilaxia é com o antibiótico Doxiciclina. Orienta-se 200 mg por via oral, em dose única para pessoas que tiveram essa exposição de alto risco (duração prolongada) e a mesma dosagem só que uma vez por semana para equipes de resgate e socorristas. Em crianças, a dose é de acordo com o peso (4 mg por quilo) por via oral, em dose única. A alternativa para a estratégia é a Azitromicina:500 mg para adultos e 10 mg por quilo para crianças.