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Piercings e tatuagens: modismo de Verão e alerta da Saúde

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Modismo cultuado notadamente por adolescentes, o uso de adornos físicos externos, como piercings e tatuagens, ganha forte impulso nos meses de verão. É nesta época do ano que a exposição de corpos enseja uma maior visibilidade e, dependendo do padrão estético de quem olha, até admiração. Submeter-se ao trabalho de um profissional da área sempre envolve algum risco e o procedimento deve obedecer a algumas normas.

 

A concessão de alvarás para estabelecimentos especializados na prática é regulamentada por uma portaria, de número 482/2005, de autoria do secretário estadual da Saúde, Osmar Terra. Conforme explica Suzana Costalunga Lima, diretora da Vigilância Sanitária no Estado, a fiscalização compete aos municípios. "Por ser uma atividade relativamente recente, ainda não se conhece com certeza o número de estabelecimentos do gênero e quantos mais engrossam esse naipe a cada temporada."

 

"Há alguns preceitos que devem ser observados, para que essas casas não sejam autuadas ou interditadas pelos municípios. O alvará sanitário deve estar afixado em local bem visível. Mas, mais importante é que o usuário, aquele que vai receber uma tatuagem ou piercing, esteja atento", explica o secretário Osmar Terra.

 

Deve ser exigido, por exemplo, que o material, como lâminas e agulhas sejam retiradas de invólucros lacrados, na frente do cliente, e depois descartadas. É necessário que haja um local específico, onde são processadas a limpeza a desinfecção e esterilização dos materiais.

 

O profissional tem de estar uniformizado, com as mãos lavadas e usando luvas, portando máscara e touca, além de avental de cor clara. E, antes de qualquer aplicação, tratar a higienização do local onde o paciente for receber a aplicação.

 

Suzana Lima explica que é altamente recomendável que os profissionais estejam vacinados contra hepatite B. A propósito, "esses procedimentos podem ocasionar infecção por bactérias, hepatites, aids, sífilis, reações inflamatórias e alérgicas, bem como problemas na cicatrização."

 

Por causa disso tudo, os menores de 18 anos só podem submeter-se às práticas com autorização dos pais ou responsável. E os maiores assinam termo de consentimento explicitando que conhecem os riscos.

 

Na tatuagem, devem ser observadas as características das tintas, como sua atoxicidade e prazo de validade. Quando aos piercings, também devem ser atóxicos e constituídos de material biocompatível, reconhecidamente apto para implante subcutâneo e de qualidade tal que evite riscos à saúde.

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