Resultado de uma colaboração entre a Secretaria da Saúde (SES) e a a Organização Internacional para as Migrações (OIM), ligada à ONU (Organização das Nações Unidas), o livro “Estratégias para Atenção Integral à saúde de migrantes internacionais no Brasil” será lançado nesta quarta-feira (7) na Universidade de Caxias do Sul (UCS). 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) conceitua a saúde como direito fundamental. Obedecendo a este princípio, o Sistema Único de Saúde (SUS) busca garantir o acesso à saúde aos imigrantes que chegam ao país. Há, no entanto, fatores que prejudicam o objetivo, como a desigualdade social, as dificuldades específicas de grupos socialmente vulneráveis e o despreparo referente ao atendimento intercultural.

A publicação buscar oferecer soluções a estes fatores. Parte do projeto “Inserção e acompanhamento de imigrantes e refugiados nos serviços de Atenção Primária em Saúde: intervenções para a qualificação de processos”, reúne, além da SES e da OIM, a UCS, Unisinos, Faculdade São Francisco de Assis, de Porto Alegre, e o Centro de Atendimento ao Migrante de Caxias do Sul (CAM), na produção de materiais, como folhetos informativos, cartilhas e um curso de capacitação profissional EAD, voltados para a população migrante e profissionais da saúde que atuam junto ao grupo. 

Os temas abrangem desde questões de compreensão do território de saúde, fatores culturais, étnicos e de gênero, a questões de atuação e funcionamento de rede, bem como a necessária qualificação do registro de dados de imigrantes nos sistemas de informação de saúde. 

“A pauta migratória é um ponto basilar para a intervenção de diversas políticas públicas, incluindo todas aquelas da pasta da Saúde”, disse Péricles Nunes, diretor do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde (DAPPS), da Secretaria da Saúde. “Este livro é um passo na caminhada por uma política de saúde inclusiva, humanitária e, que busque qualificar o atendimento e a oferta dos serviços para a esta população”.