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Oficinas e palestras marcam comemoração de 63 anos do Hospital Sanatório Partenon

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Sandra afirmou que o hospital atende pacientes com grande diversidade psicossocial - Foto: Denise Gewehr

Referência estadual no tratamento da tuberculose, HIV/Aids, hepatite e doenças associadas, em âmbito ambulatorial e hospitalar, o Hospital Sanatório Partenon completou 63 anos nesta quarta-feira (29). Em meio às atividades culturais e científicas promovidas pela instituição desde o início da semana, a secretária estadual da Saúde, Sandra Fagundes, lembrou que o hospital tem um dos principais desafios em saúde pública, pois atende pacientes com grande diversidade psicossocial.

Sandra detalhou o perfil dos pacientes recebidos pelo hospital: moradores de rua, dependentes químicos, portadores de psicose e HIV/Aids, entre outras comorbidades (doenças associadas). "Além disso, a formação dos profissionais não contempla estas questões, e por isso a complexidade deste tipo de internação é maior ainda; precisamos buscar um perfil de modelo assistencial para esta população".

Em torno de 95% dos pacientes de tuberculose são atendidos de forma ambulatorial, sendo que o restante dos casos, depois de esgotadas todas as possibilidades, precisam de internação, em função das complicações decorrentes de outras doenças, e para garantir a adesão ao tratamento, que é longo (seis meses), e sem o qual não há cura para a doença. A interrupção da medicação pode trazer resistência aos antibióticos e apresentar risco de contaminação às pessoas com quem o paciente convive.

Estrutura
O HSP tem 83 leitos disponíveis para estes casos de longa permanência, e presta atendimento através de uma abordagem multiprofissional, contando com uma equipe composta por médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, odontólogos, assistentes sociais, educadores físicos, fisioterapeutas e nutricionistas. Esses serviços sofreram modificações necessárias para atender a novas demandas, como o aumento do uso de álcool e outras substâncias psicoativas e do número de casos de Aids e de hepatite C.

Segundo a diretora técnica do Hospital Sanatório Partenon, Carla Jarczewski, o Rio Grande do Sul tem um índice de abandono de tratamento de cerca de 15%, superando o limite de 5% preconizado pela Organização Mundial de Saúde. Em Porto Alegre, a taxa de interrupção de tratamento chega a 25 por cento, sendo que a taxa de co-infecção com o HIV é de 44%, e de mais de 50% com o alcoolismo.

Até sexta-feira (31), a instituição conta com programação para comemoração do aniversário. Serão realizadas oficinas envolvendo pacientes e familiares, e teve continuidade com diversos painéis abordando questões médicas, jurídicas e éticas, ligadas à enfermidade.

Programação
Quinta-feira (30) 
9h - Painel A necessidade da abordagem da Tuberculose e do HIV/aids na Atenção Básica Tuberculose como Doença Negligenciada:

Sexta-feira (31) 
10h - confraternização - Show instrumental com violino, teclado e violoncelo, com Elbert Jagnow e grupo
15h confraternização - Atração musical prata-da-casa: Carlos Augusto Paz, violão e voz, cantando MPB Local das atividades:
Painéis: Auditório Werner Paul Ott do Hospital Sanatório Partenon

Texto e foto: Denise Gewehr

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