Uma nota informativa com recomendações para viajantes, setor hoteleiro e de turismo no Rio Grande do Sul, frente ao cenário epidemiológico do sarampo, foi publicada nesta terça-feira (29/04), pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), vinculado à Secretaria Estadual da Saúde (SES).

Devido ao cenário epidemiológico de 2025, com aumento do número de casos em todos os continentes, a principal recomendação para quem for viajar é revisar seus registros vacinais e verificar se possui o esquema completo. Caso não possua registro, a pessoa é considerada não vacinada e deve procurar a vacina tríciple viral, no mínimo 15 dias antes do embarque. Para serem vacinados, os maiores de 60 anos devem apresentar o comprovante de viagem. A ação mais importante para a proteção de todos contra a doença é a vacinação.

Casos registrados

Em 17 de abril foi confirmado pelo Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) um caso de sarampo em uma adulta, moradora da Capital. A mulher, de 50 anos, não possuía comprovação vacinal e havia retornado de viagem aos Estados Unidos no final de março. Os primeiros sintomas surgiram no início de abril. É o primeiro caso importado do Estado desde janeiro de 2024.

Com este caso de sarampo, em todo o Brasil já foram confirmados cinco casos, dois no Rio de Janeiro, um no Distrito Federal, um em São Paulo. O cenário epidemiológico em 2025 também apresenta registros na Argentina, Canadá, Estados Unidos e México e em países europeus como Romênia, Itália, Alemanha, Bélgica e Áustria .

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral, especialmente grave em menores de 5 anos,imunodeprimidos e desnutridos. É transmitida através do ar e de secreções ao tossir, espirrar ou falar. O tempo máximo entre o contágio e o surgimento de sintomas é de 3 semanas. Os sintomas são manchas vermelhas no corpo e febre alta acompanhado de tosse, coriza ou conjuntivite. A suspeita de sarampo é de notificação compulsória e imediata à vigilância em saúde do município

Vacinação

O esquema vacinal preconizado para viajantes é o seguinte:

Dos seis meses a 15 meses:
- seis meses a 11 meses e 29 dias: dose zero da vacina tríplice viral.
-12 meses: primeira dose (D1)
-15 meses: dose única

De 12 meses a 29 anos: duas doses da vacina tríplice viral

Dos 30 anos a 59 anos: uma dose da vacina tríplice viral

Pessoas com 60 anos e mais: dose de tríplice viral em situações de surtos da doença ou em viagens para locais de risco. Nesta faixa etária é necessário comprovante de viagem para se r efetivada a vacinação.

Trabalhador da saúde independentemente da idade: duas doses da vacina tríplice viral,intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.

As pessoas são consideradas não vacinadas quando não possuem esquema completo ouregistro.

Para regularizar a situação, a Unidade Básica de Saúde mais próxima do domicílio deve ser procurada para realizar a vacinação.

Acesse a Nota Informativa Nº 05 DVE/CEVS/SES/RS - Recomendações frente ao Sarampo para viajantes, setor hoteleiro e de turismo