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Hospital psiquiátrico São Pedro inaugura Centro Integrado de Atenção Psicossocial para adolescentes

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Oito pessoas (sete mulheres e um homem), entre elas a Secretária Arita, estão na frente do São Pedro com a fita vermelha de inauguração.
São Pedro aumenta de 15 para 25 leitos de saúde mental para adolescentes - Foto: Marília Bissigo/Divulgação SES

O Hospital Psiquiátrico São Pedro inaugurou, nesta quarta-feira (21/7), um novo espaço para ampliar a assistência em saúde mental de adolescentes, o Centro Integrado de Atenção Psicossocial (Ciaps). A Secretaria da Saúde (SES) remanejou vagas entre os 140 leitos psiquiátricos já em funcionamento no hospital a fim de aumentar a abrangência para esse público, passando de 15 para 25 leitos exclusivos para a faixa etária. “Estamos presenciando um aumento expressivo na demanda por atendimentos psiquiátricos entre adolescentes. Esta é uma realidade que não podemos ignorar”, explicou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.

O número de internações no São Pedro nos últimos anos mostram: em 2019, foram 40 crianças e 296 adolescentes que precisaram do tratamento. Em 2020, foram 46 crianças e 322 adolescentes. Apenas até o mês de junho, em 2021, houve 34 crianças e 169 adolescentes nesta situação.

No local, os pacientes recebem atendimento multidisciplinar, contando com profissionais de psiquiatria, pediatria, clínica geral, assistência social, psicologia, psicopedagogia, terapia ocupacional, enfermagem, técnico em enfermagem, além de médicos residentes, estagiários e auxiliares. “Aqui fazemos o acolhimento, avaliação e escuta desses adolescentes, fortalecemos o vínculo deles com a família, com a comunidade e com a rede de serviço no município de residência, e realizamos diversas atividades de valorização da subjetividade de cada um, como grupos terapêuticos, oficinas de criatividade, rodas de conversas, educação física, entre outras”, disse a coordenadora do Ciaps do São Pedro, Vera Regina Reolon.

A promotora de Justiça e diretora da promotoria de Justiça da Infância e da Juventude de Porto Alegre, Inglacir Delavedova, falou que o aumento de leitos para este público traz um impacto muito positivo para a assistência em saúde mental no Estado, uma vez que havia falta de vagas para internação de adolescentes. “A alta demanda para internações em saúde mental nesta faixa etária é uma tendência não apenas na nossa região, mas também a nível mundial. Hoje vemos muitos adolescentes precisando lidar com uma quantidade enorme de informações de que têm acesso e não sabendo como reagir em situações que, muitas vezes, fogem do controle por estar na internet. Temos visto muitos casos de adolescentes, em especial entre as meninas, de tentativas de suicídio e autolesão, que fazem isso até mesmo como um pedido de socorro”, explicou a promotora. “São poucos espaços que oferecem serviços especializados nesta área pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No Hospital São Pedro é onde ocorre essa formação, por meio da residência em psiquiatria que é de excelência”, completou Inglacir.

A secretária Arita ressaltou ainda o papel do Departamento Estadual de Regulação e a importância da implantação no Estado de um sistema informatizado de gerenciamento de internações hospitalares em tempo real, o Gerint. Por meio do sistema, alimentado com informações dos médicos e dos serviços de saúde, é realizada a triagem e escolha dos pacientes que mais necessitam de internação. O Hospital Psiquiátrico São Pedro recebe pacientes de todo o Estado.

Secretárias da Saúde, Arita Bergmann, e da Cultura, Beatriz Araújo, e mais uma pessoa seguram um pano com desenho e dizeres.
Secretárias da Saúde, Arita Bergmann, e da Cultura, Beatriz Araújo, visitaram o Museu Oficina de Criatividade - Foto: Marília Bissigo/Divulgação SES

Museu Oficina de Criatividade
Também presente à ocasião, a secretária da Cultura, Beatriz Araújo, visitou com a secretária da Saúde, Arita Bergmann, as instalações do futuro Museu Oficina de Criatividade. São mais de 200 mil obras produzidas por moradores do residencial e pelo público vinculado à assistência de saúde mental pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que participam das oficinas terapêuticas que ocorrem no hospital desde 1990. As obras são pinturas, bordados, modelagens, colagem, textos e outras formas de expressão artística. A transformação deste acervo em museu conta com a parceria entre as duas secretarias de Estado, além do apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

“Estou muito feliz de vir conhecer este espaço. Precisamos valorizar a riqueza que temos aqui, buscando sempre qualificar o trabalho técnico que o museu necessita. As diversas formas de expressão artística guardam a história do hospital e coloca verdadeiros talentos em evidência”, falou a secretária Beatriz.

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