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Hemorgs completa um ano de envio de plasma para a Hemobrás

Excedente da matéria-prima utilizada na produção de medicamentos especiais vem contribuindo para a autonomia nacional

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Imagem mostra um ambiente de ambulatório em que uma pessoa vestindo um casaco azul marinho e usando luvas antissépticas brancas segura uma bolsa com plasma coletado. A cor do plasma é em tom amarelado e abolsa possui uma etiqueta.
5.440 bolsas de plasma fresco congelado foram enviadas para a Hemobrás no último ano - Foto: Walterson Rosa/MS

O Hemocentro do Estado do Rio Grande do Sul (Hemorgs) completou no mês de dezembro a 11ª remessa de plasma excedente para a Hemobrás, instituição vinculada ao Ministério da Saúde. O Hemorgs foi o primeiro serviço hemoterápico do Estado a ser habilitado para o envio do material, após auditoria que garantiu a qualificação e a segurança do serviço. 

O primeiro envio de plasma excedente do Hemorgs ocorreu em dezembro de 2023. Com coletas mensais, o balanço do primeiro ano de contribuição resultou no envio de 5.440 bolsas de plasma fresco congelado, totalizando 1.004,66 litros. O plasma é um dos componentes do sangue humano e é a matéria-prima para a produção de medicamentos hemoderivados. A Hemobrás, Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia, é a entidade autorizada a realizar captação, triagem e fabricação de medicamentos à base de plasma. 

Como explica a chefe da Divisão de Hemoterapia do Hemorgs, Aline Gularte, o envio do plasma excedente para a indústria nacional representa melhor aproveitamento das doações dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). “Significa contribuir para o objetivo da autossuficiência do país na produção destes medicamentos. A partir desses envios, demonstramos ainda maior gratidão e respeito aos doadores, pois estamos destinando todos os componentes produzidos a partir do sangue doado para salvar muitas vidas”.  

Em 2024, o Núcleo Hemoterápico do Hospital Nossa Senhora da Conceição também foi qualificado e já está enviando o plasma excedente. Outros serviços da hemorrede do Rio Grande do Sul estão em processo de qualificação. 

Plasma excedente 

Após a coleta de sangue, o plasma é separado das células sanguíneas e 30% é destinado ao uso para transfusões. O excedente do plasma, então, fica disponível para a produção de hemoderivados, passando por processos físicos de centrifugação, separação e congelamento. Os quatro tipos de produtos de uso terapêutico são: o concentrado de hemácias, o concentrado de plaquetas, o plasma fresco congelado e o crio precipitado. 

O uso do plasma fresco congelado ocorre na assistência hospitalar, porém em menor quantidade e frequência que as hemácias e as plaquetas, gerando estoque excedente deste componente. O plasma congelado possui validade de 12 meses, quando armazenado em temperatura até -30°C, ou de 24 meses, se conservado em temperaturas mais frias. 

Os medicamentos produzidos a partir do plasma excedente enviado pelo Hemorgs são: Fator VIII e Fator IX da coagulação, albumina e imunoglobulina. Esses componentes isolados e concentrados são os medicamentos hemoderivados, utilizados para tratar doenças como hemofilia, imunodeficiências, queimaduras graves e doenças infecciosas, além de serem utilizados na alta complexidade hospitalar para cirurgias e intercorrências em Unidades de Terapia Intensiva. 

Por Mariana Ribeiro/SES
Secretaria da Saúde