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Governo lança Rede Cegonha RS para qualificar o atendimento de saúde a gestantes e bebês

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A Secretaria Estadual da Saúde (SES) lançou, na tarde da última sexta-feira (26), a Rede Cegonha RS, uma estratégia do Ministério da Saúde destinada a garantir o atendimento qualificado às gestantes e crianças - de até os dois anos. A iniciativa foi apresentada pelo secretário Estadual da Saúde, Ciro Simoni, em âmbito estadual, como parte das Redes Chimarrão, a versão gaúcha da Política de Redes de Atenção Integral à Saúde, preconizada pelo Ministério da Saúde.



Para a implantação da Rede Cegonha, o governo federal destinou R$ 9 bilhões para serem investidos em todo o Brasil. No Rio Grande do Sul, o projeto está sendo inserido a partir de uma série de medidas, ações e cuidados que assegurem às mulheres um atendimento seguro e humanizado durante a gravidez, passando pelo pré-natal e parto, até os dois primeiros anos de vida do bebê.



Durante a solenidade de lançamento da estratégia, o secretário Ciro Simoni enfatizou o alinhamento e o empenho do Estado às diretrizes do Ministério da Saúde no processo de implantação das Redes de Atenção Integral. 



O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, frisou que o Sistema Único de Saúde tem hoje como desafio a busca pelo acesso e pela qualidade dos serviços. "O que nos mobiliza é construir redes, que são a forma mais eficiente e econômica de otimizar a estrutura e potencializar as ações."



O coordenador do setor de Saúde da Mulher, Fernando Anschau, explicou que a Rede Cegonha vai ser implementada a partir da atenção primária, mas a organização dos serviços e a continuidade do atendimento não terá uma forma fixa de funcionamento. "Não será em pirâmide, nem hierarquizada, será móvel e flexível, como uma roda de chimarrão."



Anschau informou, ainda, que em 2010, o Rio Grande do Sul contabilizou cerca de 100 mil partos de nascidos vivos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que tenham sido realizadas em torno de 800 mil consultas pré-natal na rede pública de saúde.



De acordo com a diretora do Departamento de Ações em Saúde da Secretaria Estadual da Saúde, Sandra Fagundes, depois de implementada nos muncípios gaúchos, a iniciativa vai conferir às mulheres, de forma mais efetiva,o direito ao planejamento reprodutivo, à atenção humanizada, à gravidez, ao parto e puerpério. Às crianças, garantirá o direito ao nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudáveis.


A diretora complementa que, para isso, os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) devem estar preparados para garantir o acesso, o acolhimento e a resolutividade. por meio de um novo modelo de atenção ao parto, nascimento e à saúde da criança. "Um dos principais objetivos desta política é a redução da mortalidade materna e neonatal", ressalta Sandra Fagundes.



Para evitar os riscos à mãe e ao bebê, o Estado vai garantir a vinculação da gestante à unidade de referência para as consultas do pré-natal, dando a certeza da internação em unidade hospitalar regionalizada para a realização do parto. A rede vai incluir, ainda, o transporte seguro por meio do serviço Samu-cegonha.


O ato de lançamento foi realizado durante o Programa Destinos e Ações para o Rio Grande, da Assembleia Legislativa, e contou com a presença do secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, e da ministra chefe de direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário.



Também participam da cerimônia, a primeira-dama do Estado, Sandra Genro, o presidente do legislativo estadual, deputado Adão Villaverde, a presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, Marisa Formolo, a secretária de Políticas para as Mulheres, Márcia Santana, e a secretária executiva da Rede Feminista de Saúde, Télia Negrão.

 



Implantação da Rede Cegonha RS


Desde março deste ano, em âmbito interno da SES, estão ocorrendo reuniões, debates e capacitações visando à formulação de um desenho da Rede Cegonha Regional, em um trabalho georeferenciado às macroregionais de saúde. A partir de agosto começou o trabalho de sensibilização e diálogo junto aos municípios, com metodologia participativa para a implantação do processo, tanto para a inserção da Rede Cegonha, como para a constituição da rede de atenção integral da saúde.



Já participaram dessas oficinas as macrorregionais: Metropolitana, Norte, Sul, Vales e Missioneira. A proposta inicial é começar a instituir a região macrometropolitana, que inclui 88 municípios que somam uma população de 4 milhões de habitantes.

 

Texto: Neusa Jerusalém

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