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Governo do Estado assina contrato de início dos serviços do Centro Regional do TeAcolhe em Santa Cruz do Sul

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Abaixada, a Secretária Arita assina um documento. Ao redor, algumas pessoas assistem a cena.
Centro Regional de Referência em Transtorno do Espectro do Autismo será junto ao Cisvale - Foto: Marília Bissigo/Divulgação SES

Santa Cruz do Sul terá um Centro Regional de Referência em Transtorno do Espectro do Autismo pelo programa da Secretaria da Saúde (SES) TeAcolhe. A assinatura do contrato aconteceu durante a abertura do Expoagro, em Rio Pardo, nesta quarta-feira (23/03). O serviço será realizado pelo Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) e abrangerá 13 municípios da região. 

"A rede de atenção às pessoas com TEA é uma das prioridades do Governo do Estado, que conseguimos colocar em funcionamento graças a colaboração de diversas pessoas, tanto do Estado, quanto dos municípios. O Centro Regional vai ser um lugar de acolhimento com muito carinho e dedicação às pessoas com esse diagnóstico e suas famílias, além de oferecer capacitação aos profissionais que atuam com esse agravo. As famílias tbem precisam de apoio e orientação", falou a secretária da Saúde, Arita Bergmann. O prefeito de Rio Pardo, Edivilson Brum, ressaltou que o Cisvale atenderá as crianças e adolescentes que vierem indicados pelos serviços de saúde, educação e assistência social de toda a região e prestará o mesmo serviço de excelência já prestado em Rio Pardo. 

O Centro Regional tem por objetivo atender as pessoas com casos severos, graves e refratários do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e as suas famílias, e oferece educação permanente com as redes de saúde, educação e assistência social da região. O Centro Regional de Santa Cruz do Sul será vinculado ao Centro Macrorregional Vales, que fica no município de Cachoeira do Sul. 

Santa Cruz do Sul receberá o valor de R$ 30 mil mensais para custeio do serviço, que ficará localizado na rua Ernesto Alves, 875, no centro, junto ao Cisvale. O espaço oferecerá atendimentos nas especialidades de psicologia, neuropediatra e neurologista, terapia ocupacional e fonoaudiologia, com experiência e formação em TEA. 

O presidente da Câmara de Vereadores de Vera Cruz, Luiz Carlos Souza, é coordenador da Associação de Amigos Especiais (Adae) e pai da Duda, uma adolescente com TEA, de 15 anos. "Há cerca de 13 anos, quando recebemos o diagnóstico da Duda, ainda não se falava em autismo. E, agora, ter políticas de saúde focados nesse público nos dá esperança de ter serviços cada vez mais qualificados", falou o vereador. 

Sobre o TEA

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) reúne desordens do desenvolvimento neurológico que começam na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta, como autismo infantil precoce, autismo infantil, autismo de Kanner, autismo de alto funcionamento, autismo atípico, transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação, transtorno desintegrativo da infância e a síndrome de Asperger. 

Há dois critérios para o diagnóstico do TEA: déficit na reciprocidade socioemocional (seja na comunicação não verbal ou na interação social) e presença de comportamentos restritos ou repetitivos. 

A diferença entre os transtornos é o grau, dentro do espectro autista, uma vez que é possível que pessoas com TEA apresentem desde pequenas dificuldades de socialização até afastamento social, deficiência intelectual e dependência de cuidados ao longo da vida. 

Estima-se que, em todo o mundo, uma em cada 160 crianças tem TEA. Essa estimativa representa um valor médio, e a prevalência relatada varia substancialmente entre os estudos. Algumas pesquisas bem controladas têm, no entanto, relatado números que são significativamente mais elevados. A prevalência de TEA em muitos países de baixa e média renda é até agora desconhecida.

Por Marília Bissigo
Secretaria da Saúde