Qualificação e melhoria na prevenção e no atendimento de emergência em casos de acidentes tóxicos são os principais objetivos da cooperação técnico científica firmada entre a Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps) e a Fundação Oswaldo Cruz. O desenvolvimento conjunto de programas e pesquisas, projetos em toxicologia e diagnóstico da informação e do atendimento toxicológico no Estado será implementado pelo Centro de Informação Toxicológica-CIT/RS, administrado pela Fepps e vinculado à Secretaria Estadual da Saúde, e o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde-ICICT, da Fundação Oswaldo Cruz.

            A presidente da Fepps Silvia Spalding afirma que  a troca de experiências e tecnologias vai reverter em benefícios à população, com qualificação no atendimento a emergências tóxicas, análises laboratoriais de urgência e campanhas de prevenção, educação e informação toxicológica.

            A principal atividade do CIT/RS é assessorar e orientar frente a acidentes tóxicos, em caráter de emergência e em regime de plantão permanente (24h/dia) pelo fone 0800-721-3000. Profissionais de saúde e comunidade em geral são orientados sobre diagnóstico e tratamento de pacientes vitimados por intoxicações químicas (substâncias tóxicas, pesticidas agrícolas ou domésticos, plantas, animais peçonhentos, medicamentos, drogas lícitas ou ilícitas ou qualquer outro agente potencialmente tóxico).

            O departamento dá informações específicas em relação à prevenção, primeiros socorros e medidas que possam minimizar o efeito de qualquer exposição a agente tóxico, até o atendimento de um profissional de saúde. Uma equipe de médicos, médicos veterinários, químicos, farmacêuticos, biólogos, bibliotecários, professores, administradores e de estudantes das diversas áreas biomédicas e de documentação é responsável pelas informações e orientações à população.

            Em 2008, o CIT/RS registrou um total de 21.626 atendimentos. Destes, 89% foram de exposições humanas. O maior percentual de acidentes com humanos envolveu o grupo medicamentos, com 31,7% dos casos. Em segundo lugar, animais peçonhentos/venenosos (serpentes, aranhas, escorpiões), com 30,2%. Desenvolvendo suas funções, o CIT apoia as políticas públicas relativas às vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental, integrando a Rede Nacional dos Centros de Informação e Atendimento Toxicológico e Rede de Toxicologia em Latinoamérica e no Caribe.