Farmacêutica bioquímica da FEPPS conclui doutorado sobre investigação genética relacionada ao tratamento de pessoas com HIV/Aids
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A farmacêutica bioquímica Ivete Machado da Rocha da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS) concluiu tese de doutorado com o título Investigação de Polimorfismos Genéticos Associados aos Efeitos Adversos da Terapia Antirretroviral (ARV) Relacionados à Nefrotoxicidade em Pessoas Vivendo com HIV e AIDS.
De acordo com a pesquisadora, que trabalha no Laboratório Central do Estado (IPB/Lacen), a introdução da terapia ARV em 1986 mudou a história natural do HIV, que passou a ser uma doença crônica clinicamente manejável. Com o aumento da sobrevida dos pacientes, o interesse tem se voltado para as complicações do tratamento devido ao seu uso em longo prazo.
Ela acrescenta que o uso dos fármacos ARV tem sido associado a vários efeitos colaterais e entre eles estão complicações severas nos rins e que a detecção de marcadores genéticos, que possam estar associados a efeitos adversos, possibilita uma maior tolerabilidade ao fármaco, podendo-se ajustar a dose. “O objetivo da tese de doutorado foi investigar polimorfismos em genes que codificam proteínas transportadoras de fármacos e sua associação com os efeitos adversos renais, decorrentes do uso da terapia ARV”, explicou.
Os resultados da pesquisa desenvolvida na FEPPS e finalizada em 2015 mostraram que uma determinada característica genética (pacientes portadores do alelo T na posição -24 do gene ABCC2) tem a função renal mais afetada.
Conforme relatório anual de 2011 do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS existem 34 milhões de pessoas no mundo vivendo com vírus.