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Famílias rurais de Venâncio Aires receberão filtro para remover excesso de flúor na água

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A Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS) está participando de um projeto piloto para a implantação de filtros para reduzir a concentração de flúor na água em localidades rurais de Venâncio Aires. O projeto é coordenado pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) com o apoio da Fundação Nacional da Saúde e do Ministério da Ciência e Tecnologia.

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), vinculado à SES, e a secretaria de saúde de Venâncio Aires são responsáveis pela indentificação e acompanhamento das residências em que serão instalados os filtros. O projeto contemplará famílias de dois bairros localizados na área rural do município, abastecidos por poços artesianos. O solo dessa região é rico em flúor, tornando a água dos reservatórios subterrâneos inadequada para o consumo humano.

Conforme Julce Clara da Silva, do Setor de Vigilância de Qualidade da Água para Consumo Humano do CEVS, os filtros foram desenvolvidos pela Unisc. Segundo Julce, eles são compostos de carvão ativado de ossos de animais e removem o excesso de flúor da água, garantindo qualidade e possibilitando o consumo seguro. A instalação dos equipamentos começará após a conclusão do levantamento orçamentário e outros detalhes de finalização do projeto.


Características

O flúor é encontrado em minerais, principalmente em extratos de rochas profundas em jazidas, como a de bauxita. Através dos tempos, a água que passou por jazidas de minerais ricos em flúor o dissolve de tal maneira que ele está presente na maioria das reservas subterrâneas de água e, virtualmente, em todos os alimentos. Usado corretamente, contribui na melhora da saúde bucal. Dessa forma, organizações internacionais de saúde passaram a recomendar a adição de flúor na água distribuída para consumo humano. No Rio Grande do Sul a concetração na água, conforme a portaria estadual 10/99, deve estar entre 0,6 e 0,9 mg/litro ou partes por milhão de flúor.

Débora Baratz, técnica da sessão de Saúde Bucal da SES, afirma que, dentro dos níveis preestabelecidos, o flúor é um agente totalmente seguro e muito eficaz na prevenção de da cárie, fortalecendo o esmalte e inibindo a desmineralização (enfraquecimento) do dente. Em excesso, pode ocasionar fluorose, responsável pela alteração de cor do esmalte dos dentes, que podem assumir uma tonalidade esbranquiçada ou exibir pequenas manchas brancas. Nos casos mais graves, adquire uma coloração acastanhada ou marrom, podendo haver perda de estrutura dental, assegura Débora.

Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam que a fluoretação da água é o mais seguro, efetivo e econômico método de prevenção da cárie. No Brasil, essa prática iniciou-se em 1953 na cidade de Baixo Guandu, Espírito Santo, cujo sistema de abastecimento era operado pela fundação Sesp do MS.
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