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Estado não registra casos de bactéria multirresistente até o momento

Publicação:

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), através do Divisão de Vigilância Sanitária, faz o alerta abaixo sobre a bactéria multirresistente que teve recentemente ocorrência no Distrito Federal e São Paulo. Até o momento, não há registro no Rio Grande do Sul.

 

ALERTA SOBRE GERMES MULTIRRESISTENTES

 

Visando prevenir a ocorrência de casos de Infecção relacionados Enterobactérias resistentes a carbapenêmicos nos hospitais no Rio Grande do Sul, alertamos sobre a importância dos hospitais implementarem as medidas de prevenção e controle de Infecção, bem como estratégias de monitoramento de infecções por germes multirresistentes, tendo em vista o registro de casos no país.

 

Na identificação de casos, é imprescindível a Notificação ao órgão sanitário competente.

A ficha de notificação para multirresistentes está disponível no site www.saude.rs.gov.br , Vigilância em Saúde Alerta.

 

Infecções causadas por microrganismos multirresistentes têm ocorrido no ambiente hospitalar, sendo frequentemente associadas ao aumento de taxas de morbimortalidade por não se mostrarem sensíveis ao tratamento com as diversas classes de antimicrobianos disponíveis no mercado.

Bacilos Gram negativos, entre os quais a Klebsiella spp, pertencente à família das Enterobacteriaceae, têm sido relacionados com o aumento de incidência de Infecção hospitalar, com difícil tratamento devido ao desenvolvimento de cepas multirresistentes, como Klebsiella pneumonia, produtora de enzima ?-lactamase, que representa um mecanismo molecular de desenvolvimento de resistência .

Apesar desse gênero de bactéria poder ser encontrada em ambientes como água e solo, é comum a colonização em trato gastrintestinal, respiratório e geniturinário, por este microrganismo, o que aumenta a chance de contaminação entre pacientes, pelas mãos dos profissionais, ou falhas nos processos de limpeza, desinfecção e esterilização de materiais e equipamentos.

A K. pneumoniae produtora de ?-lactamase foi isolada pela primeira vez em 1983 na Europa e em 1989 nos EUA e vêm apresentando aumento na resistência ao longo do tempo.

 

Sabe-se que fatores de risco como internação prolongada, condições imunológicos, doenças prévias dos pacientes, cateterismos (arterial/venoso central), presença de ventilação mecânica, presença de sonda vesical, uso inadequado de antimicrobianos, baixa adesão às práticas de Controle de Infecção e outros, aumentam as chances de infecção hospitalar.

Em função da identificação de cepas cada vez menos sensíveis às várias classes de antimicrobianos, em vários hospitais do país, alertamos para a necessidade de reforçar as medidas de controle de infecções relacionas à assistência à saúde, respeitando os cinco momentos da higienização de mãos, bem como as precauções padrão e de contato.

 

14/10/10

NVES-INFEC

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