O Governo do Estado assinou, via Secretaria da Saúde, nesta terça-feira (31), no Palácio Piratini, protocolo de intenções com a Fundação Universitária de Cardiologia, Instituto de Cardiologia, Sociedade Educação e Caridade (entidade mantenedora do Hospital de Caridade de Viamão há quase 50 anos), Prefeitura de Viamão e Ministério da Saúde. Pelo convênio, será feita, já a partir desta quarta-feira (1º), a transferência da administração do Hospital de Caridade de Viamão para a Fundação Universitária de Cardiologia.

As irmãs mantenedoras do hospital devem doar todo o patrimônio da instituição, incluindo terreno, prédio, bens móveis, equipamentos, bem como os oriundos de convênios que têm a receber. O acordo visa solucionar definitivamente o impasse que ameaçava a continuidade do funcionamento da instituição. Na semana passada, em uma reunião na Secretaria da Saúde, ficou acertado que o hospital não mais fecharia suas portas no dia 31 de outubro, como anunciava sua entidade mantenedora.

Rigotto destacou a importância do convênio firmado por possibilitar a continuidade da qualidade dos serviços prestados pelo Hospital de Caridade à população de Viamão. "Não tenho dúvida que a busca de qualidade no atendimento, nos serviços prestados, é fundamental para a melhoria da qualidade de vida e dos indicadores de saúde da população", afirmou o governador.

Germano Rigotto disse que a parceria entre Estado, município, Instituto de Cardiologia e governo federal é um exemplo para ser seguido. "Estamos muito felizes por sacramentar a parceria que é motivo de comemoração. A integração beneficia a população de Viamão. Com certeza, deveremos ter agora o hospital funcionando normalmente, com serviços que ao longo dos anos prestou e vai continuar prestando para Viamão e a Região Metropolitana", afirmou. Ressaltou ainda que o patrimônio do hospital está sendo repassado sem nenhuma dívida aos novos administradores.

O governo estadual participa do acordo repassando à fundação o valor de R$ 100 mil mensais para a manutenção dos serviços hospitalares. A prefeitura destina R$ 220 mil por mês para a manutenção do pronto-atendimento e serviço de urgência e emergência. O Ministério da Saúde repassa R$ 100 mil mensais. "Com a soma de recursos e com a capacidade de geração de receita do próprio hospital, o Instituto de Cardiologia espera não só manter os serviços do hospital em funcionamento, mas também ampliá-los", salientou Beltrame. Acrescentou que a Fundação Universitária vai trabalhar para melhorar o aproveitamento de custos do hospital. Em um curto prazo, será viável economicamente.

Atualmente, o Instituto de Cardiologia também administra um hospital em Alvorada e outro em Cachoeirinha. Estavam presentes à solenidade a presidente da Sociedade Educação e Caridade/Hospital de Caridade de Viamão, irmã Maria Zeni do Nascimento, o presidente do IPE, Otomar Vivian, o presidente do Instituto de Cardiologia do RS, Ivo Nesralla, o prefeito de Viamão, Alex Sander Alves Boscaini, e o secretário de Saúde de Viamão, Ricardo Gross.