Dia Nacional da Mamografia: Secretaria da Saúde enfatiza importância da prevenção
Em 2024, o Rio Grande do Sul realizou mais de 282 mil exames pelo SUS
Publicação:
Celebrado em 5 de fevereiro, o Dia Nacional da Mamografia propõe a conscientização acerca dos cuidados e sinais de alerta para o câncer de mama. Principal exame para detecção da doença, a mamografia está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e deve ser realizado conforme indicações clínicas.
Atualmente, no SUS, estão disponíveis dois tipos de mamografia, que podem ser solicitados, via Sistema de Informação do Câncer (Siscan), por profissionais médicos e enfermeiros:
Mamografia diagnóstica: pode ser solicitada em qualquer idade para mulheres sintomáticas, porém em determinadas faixas etárias não é o método mais indicado. Isso porque principalmente nas mulheres jovens, em função da densidade mamária, é dada preferência à ultrassonografia para investigação inicial.
Mamografia bilateral de rastreamento: é indicada para mulheres de 50 a 69 anos, assintomáticas, a cada dois anos, para identificação de alterações suspeitas de câncer de mama. Homens trans e pessoas não binárias, designadas como mulheres ao nascer e que mantêm as suas mamas, também estão incluídos na recomendação.
De acordo com dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS), em 2024, até o mês de novembro, foram realizadas 282.765 mamografias no Estado, sendo 259.234 exames de rastreamento e 23.531 mamografias diagnósticas. A realização do exame em tempo oportuno é uma das maneiras eficazes de combater o diagnóstico tardio e a mortalidade por câncer de mama.
Câncer de mama
Os sinais e sintomas mais comuns de câncer de mama são: aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos; edema cutâneo (na pele), semelhante à casca de laranja; retração cutânea; dor; inversão do mamilo; pele avermelhada e quente; descamação ou ulceração do mamilo; secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila.
Rastreamento
Para mulheres com menos de 50 anos só é recomendado para os casos de alto risco, a partir dos seguintes critérios:
-
Mulheres e homens com mutação ou parentes de 1° grau (materno ou paterno) com mutação comprovada dos genes BRCA 1/2, ou com síndromes genéticas.
-
Mulheres com história pessoal de câncer de mama.
-
Mulheres com história de radiação torácica antes dos 30 anos.
Também é recomendado para os casos de mulheres com um dos seguintes históricos familiares:
-
Familiar de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com câncer de mama em idade inferior a 50 anos; ou
-
Familiar de primeiro grau com diagnóstico de câncer de mama bilateral; ou
-
Familiar de primeiro grau com de câncer de ovário, em qualquer faixa etária; ou
-
Familiar homem com diagnóstico de câncer de mama, independentemente da idade.
A solicitação do exame pode ser feita por profissionais médicos e enfermeiros, em todas as unidades de saúde da Atenção Primária à Saúde. A partir da identificação de suspeita ou confirmação de câncer, encaminha-se a pessoa ao serviço especializado em oncologia para definição de tratamento.
O Boletim Epidemiológico da Situação do Câncer de Mama, lançado em outubro de 2024 pela Secretaria Estadual da Saúde traz a análise de indicadores de adesão às diretrizes de rastreamento, incidência e mortalidade pela doença e informações sobre a qualidade das mamografias de rastreamento realizadas no ano de 2023 no Rio Grande do Sul. O documento está disponível aqui: