Cuidados paliativos e saúde do idoso são temas de debate entre gestores municipais e estaduais
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A elaboração de uma nova política pública, voltada à saúde integral do idoso, a fim de qualificar os cuidados paliativos na Atenção Primária em Saúde foi tema de reunião na Secretaria da Saúde (SES), nesta quinta-feira (25). A secretária Arita Bergmann e gestores da SES, como os diretores Ana Costa, do Departamento de Ações em Saúde, e Eduardo Elsade, do Departamento de Regulação Estadual, receberam os secretários municipais Diogo Segabinazzi Siqueira, de Bento Gonçalves, e Maicon Lemos, de Rio Grande.
Os dois municípios foram considerados pela SES bons exemplos de gestão em saúde do idoso, razão pela qual foram convidados a apresentar o trabalho realizado em seus territórios. “Queremos estar próximos aos municípios para criar políticas públicas que estejam em consonância com a realidade da população”, explicou Ana Costa.
Bento Gonçalves foi escolhida entre outras quatro cidades brasileiras para ser pioneira de um projeto do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), que visa qualificar o atendimento ao idoso na atenção básica. O município tem histórico de excelência em gestão da saúde pública, como explica o secretário Diogo: “Nossos postos de saúde conseguem resolver cerca de 80% de todos os casos que chegam. Apenas os outros 20% é necessário encaminhar para atenção especializada, como preconiza o SUS. A população reconhece que o sistema de saúde é bom, quem não reconhece é quem não usa”.
O município de Rio Grande apresentou o trabalho realizado na Estratégia Saúde da Família (ESF) no cuidado paliativo dos pacientes com doenças terminais. O médico Santiago Corrêa defendeu que esse trabalho deve ser realizado pela atenção básica, nos postos de saúde. Ele apresentou as vantagens da oferta deste tipo de serviço, como a redução de gastos com complicações, melhora a satisfação dos pacientes e dos cuidadores, o controle de sintomas, entre outros. “No cuidado paliativo é preciso pensar na assistência integral ao paciente, que sofre de dores físicas, psicológicas, espirituais e sociais”, explicou Santiago.
O secretário de saúde de Rio Grande, Maicon Lemos, elogiou a iniciativa da gestão estadual em ouvir os gestores municipais, que vivem no dia-a-dia os desafios da saúde pública. “Desta forma, conseguimos criar políticas muito mais assertivas”, disse Maicon. “O idoso tem que estar nas nossas prioridades em termos de entregas públicas”, concluiu a secretária Arita.