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Controle da tuberculose é debatido por profissionais no Sanatório Partenon

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Plateia assiste a palestrante falar e a uma apresentação de slides no fundo.
Profissionais da área de tuberculose debateram o enfrentamento à doença no Estado. - Foto: Marília Bissigo/Divulgação SES

O Dia Mundial de Combate à Tuberculose aconteceu em 24 de março, mas o assunto segue em pauta no Sanatório Partenon, referência em atendimento hospitalar e ambulatorial dessa doença. O painel “Desafios para o Controle da Tuberculose” aconteceu nesta terça-feira (26) e reuniu profissionais da área para discutir estratégias de redução de incidência e aumento da taxa de cura.

O novo boletim epidemiológico da tuberculose, produzido pelo do Ministério da Saúde, foi apresentado pela coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, Carla Jarczewski. O documento mostra o Rio Grande do Sul com um coeficiente de incidência de 40 casos para cada 100 mil habitantes. Uma média maior que a do Brasil, que apresenta 34,8 casos para cada 100 mil habitantes.

O boletim epidemiológico também mostra o perfil das pessoas que contraem a doença: majoritariamente homens não-brancos em idade produtiva e com baixa escolaridade. De acordo com Carla, isso demonstra o contexto de vulnerabilidade social da tuberculose.

A assistente social Elsa Roso falou sobre o papel do Sanatório Partenon no enfrentamento da tuberculose no Rio Grande do Sul e reforçou o trabalho incisivo que se realiza no local nas questões sociais que envolvem os pacientes. Ela colocou como papel do sanatório para o futuro também o auxílio aos municípios na descentralização do manejo da tuberculose para a Atenção Primária da Saúde e integrar efetivamente a Rede de Atenção à Saúde.

“Tratar tuberculose é muito mais que oferecer consultas mensais e medicação para a doença”, disse a enfermeira Daniela Wilhem. Ela falou aos presentes sobre a nova edição do Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil, produzido pelo Ministério da Saúde. “Conseguimos atender e diagnosticar os pacientes, a dificuldade é sensibilizá-los a levar o tratamento até o fim. Para isso é preciso acolher essas pessoas e entender as necessidades, se possível supri-las”, completa Daniela.

O assunto seguirá sendo debatido na noite desta terça-feira (26), no auditório da Amrigs (Avenida Ipiranga, 5311). Tuberculose: Um problema atual é um simpósio de atualização sobre a doença promovido pela Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado (SPTRS), com o apoio do Hospital Sanatório Partenon (HSP) e Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), além do Grupo Hospitalar Conceição (GHC).

Por Marília Bissigo
Secretaria da Saúde