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Controle da Esquistossomose na Região Sul será definido nesta quinta-feira

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Serão definidas na tarde desta quinta-feira (14) medidas para o controle da esquistossomose nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Este será o principal resultado da reunião realizada desde ontem no auditório do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), em Porto Alegre. O CEVS fica na Rua Domingos Crescêncio, 132. Participam do encontro especialistas nacionais e internacionais no controle da doença como o assessor da Organização Pan-americana da Saúde, Steven Ault, além de outros como os professores Aluísio Prata, José Roberto Lambertucci, Naftale Katz e Omar Cravalho, todos de Minas Gerais, e José Carlos Bina, da Bahia, incluindo também Luiz Rey, da Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro.

Conforme Ronaldo do Amaral, responsável pelo programa de controle da esquistossomose do Ministério da Saúde, a doença foi introduzida no Rio Grande do Sul em 1997, no município de Esteio, mas apesar do foco de transmissão permanecer pequeno até hoje, ele tem capacidade de expansão para todo o Estado. Segundo ele, um dos principais objetivos da reunião é propor medidas para eliminação deste foco, por meio da identificação de áreas de risco. Saneamento ambiental, principalmente drenagem de alagados, e educação sanitária da população de risco. Entre 1997 e 2002, foram registrados 26 casos da doença no Estado, todos em Esteio, sendo destes oito no ano passado.

A esquistossomose é uma doença parisitária endêmica com maior prevalência nas regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. O agente etiológico é o verme Schistosoma mansoni, que elimina seus ovos nas fezes do homem. Ao eclodir na água os ovos eliminam larvas que infectam caramujos. Após um período de quatro a seis semanas, elas abandonam os caramujos na forma de cercárias, que contaminam outras pessoas. Conforme Ronaldo do Amaral, a esquistossomose é a segunda doença parasitária de maior registro no mundo, com uma estimativa de 3 milhões de casos, perdendo apenas para a malária. Os principais sintomas são febre, coceira na pele e diarréia com sangue. Com o tratamento a sua evolução é favorável, mas se doença não é tratada pode evoluir para quadros graves como fibrose hepática, hemorragia digestiva ou comprometimento do sistema nervoso central.

Estão participando da reunião sobre a doença técnicos da Fundação Nacional de Saúde, do Laboratório Central do Estado, dos municípios de Esteio, Canoas, Nova Santa Rita, Porto Alegre e Sapucaia do Sul, da Vigilância Ambiental do CEVS.
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