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Confirmado o primeiro caso de novo coronavírus no Rio Grande do Sul

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Secretária Arita Bergmann fala segurando um microfone. O governador Eduardo Leite e mais dois homens ouvem. Todos estão de pé.
Anúncio foi feito pela secretária Arita Bergmann e pelo governador Eduardo Leite. - Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini

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Confirmado o primeiro caso de novo coronavírus no Rio Grande do Sul

A Secretaria da Saúde (SES), por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), confirmou nesta terça-feira (10) o primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus no Rio Grande do Sul. Crédito: Elias Costa

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A Secretaria da Saúde (SES), por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), confirmou nesta terça-feira (10) o primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus no Rio Grande do Sul. Trata-se de um homem, de 60 anos, residente em Campo Bom, que teve histórico de viagem para Milão, na Itália, entre os dias 16 e 23 de fevereiro. O anúncio foi feito pelo governador Eduardo Leite em coletiva à imprensa no Palácio Piratini.

O homem que teve o diagnóstico confirmado apresenta hoje quadro clínico leve, sem a necessidade de internação hospitalar, permanecendo em isolamento domiciliar até a melhora dos sintomas. Nenhum familiar apresentou sintomas e seguirão sendo acompanhados, assim como o caso confirmado até a melhora do quadro de saúde.

Até esta terça-feira (10/3) já foram notificados como suspeitos 190 casos no Estado. Além desse primeiro positivo, outros 103 já foram descartados para o novo coronavírus e 86 ainda permanecem em investigação.

Veja aqui a tabela dos casos suspeitos, descartados e confirmados por município de residência

O governador reforçou que “o importante é que consigamos evitar a disseminação desse vírus para que ele não chegue em pessoas com alguma debilidade do seu sistema imunológico que podem ter complicações”, disse Leite. “Por isso as medidas de isolamento, da etiqueta respiratória e hábitos de higiene. Para preservar não só as suas mas como também às das outras pessoas ao seu redor”, completou.

A secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, destacou o plano de contingência elaborado pela SES. “Nós mudamos de nível, passando do nível zero para o nível um, que é quando temos de 1 até 100 casos”, explica. “É importante mantermos a atenção aos casos de pessoas com sintomas e que tenham histórico de viagem a um dos países com circulação local do vírus”, afirmou.

O presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/RS), Diego Espíndola, falou também do apoio e engajamento dos municípios nas ações. “Estamos em sinergia com Estado e Ministério da Saúde e todas as equipes estão preparadas para receber os casos suspeitos”, disse.

 

RELATO DO CASO 

A identificação do novo coronavírus (SARS-Cov-2), causador da doença que levou o nome de COVID-19, foi confirmada em exame realizado no Laboratório Central do Rio Grande do Sul (Lacen/RS), que desde a última sexta-feira (6/3) realiza esse diagnóstico específico. Os dados do caso são os que seguem:

- Homem, 60 anos, residente em Campo Bom
- Histórico de viagem para Milão (Itália)* entre 16 e 23 de fevereiro
- Início de sintomas de febre e tose em 29 de fevereiro
- Atendido em clínica privada de Novo Hamburgo em 1º de março
- Avaliação médica como quadro de sintomas leves
- Orientado a ficar em isolamento domiciliar até a melhora dos sintomas sendo monitorado pela vigilância epidemiológica do município
- Notificado ao Estado como suspeito em 2 de março
- Chegada das amostras de secreções das vias respiratórias ao Lacen/RS em 2 de março
- Realizados primeiros exames para painel de sete vírus respiratórios mais comuns no país (influenza A e B, parainfluenza, adenovírus e vírus sincicial respiratório) em 3 e 4 de março, todos com resultado negativo
- Análise específica para o novo coronavírus (SARS-Cov-2) em 9/3 com resultado positivo por meio de análise da carga genética do vírus
- Atual quadro de saúde do paciente é leve, persistindo ainda a tosse
- Nenhum familiar residente no mesmo endereço apresenta sintomas e seguirão sendo monitorados até completar 14 dias do início dos sintomas do caso positivo (até a próxima segunda-feira, dia 16 de março).
- Como já passou mais de 14 dias dos voos de regresso (período estimado de incubação da doença) não se preconiza a verificação da lista de passageiros para a busca ativa a outros suspeitos

* em 16/2, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Itália tinha três casos confirmados. Passando a 76 em 23/2. Até 9 de março esse número já tinha ido a mais de 7,3 mil casos no país, com maior concentração na região da Lombardia, que tem capital Milão.


Ações no RS

A preparação do Estado para o enfrentamento da doença começou no início de janeiro com acompanhamento das informações de casos por esse novo tipo de vírus na China. Em 28 de fevereiro a SES instituiu o Centro de Operações de Emergências (COE) para investigar, manejar e notificar casos potencialmente suspeitos da infecção.

Na página da SES em saude.rs.gov.br/coronavirus estão disponíveis as informações para a população em geral e para os profissionais de saúde.


O QUE É A COVID-19?

É uma doença causada pelo novo tipo de coronavírus identificado neste ano, que leva o nome de SARS-CoV-2. Ele pertence à família de vírus de mesmo nome que causa infecções respiratórias. O vírus tem esse nome porque seu formato, quando observado em microscópio, se assemelha a uma coroa.

 

DEFINIÇÃO DE SUSPEITO DE DOENÇA PELO CORONAVÍRUS 2019 (COVID-19)

Situação 1 - VIAJANTE:
Pessoa que apresente febre E pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios (tosse, dificuldade para respirar, escarro, congestão nasal, entre outros) E com histórico de viagem para país com transmissão sustentada OU área com transmissão local nos últimos 14 dias;

Situação 2 - CONTATO PRÓXIMO:
Pessoa que apresente febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, escarro, congestão nasal, entre outros) E histórico de contato com caso suspeito ou confirmado para COVID-19, nos últimos 14 dias.

Situação 3 - CONTATO DOMICILIAR:
Pessoa que manteve contato domiciliar com caso confirmado por COVID-19 nos últimos 14 dias E que apresente febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, escarro, congestão nasal, entre outros).

COMO SE PREVENIR CONTRA O VÍRUS?

- Lavar as mãos

A lavagem frequente das mãos é a principal recomendação para se prevenir.

Higienizar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos a cada vez.

Esfregar os espaços entre os dedos, o dorso da mão e cavidades (dobras dos dedos e unhas), onde as bactérias podem se alojar.

Usar sabonete (apenas água é insuficiente para a higienização). Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.

Evitar contato próximo com pessoas doentes.

Ficar em casa quando estiver doente.

Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.

Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

- Se tiver de tossir ou espirrar, cubra o rosto com o braço dobrado. Isso evita que as secreções do corpo entrem em contato com superfícies ou com outras pessoas.

- Evitar tocar olhos, boca e nariz

- Contato com olhos, nariz ou boca permite que o vírus entre no corpo, gerando infecção

- Cuidados em ambientes com aglomeração de pessoas

- Em locais com grande concentração de pessoas (transporte público, por exemplo), é preciso tomar cuidados especiais

- Preferencialmente, mantenha-se a pelo menos 1 metro de distância de pessoas que estiverem tossindo ou espirrando.

- As mesmas recomendações valem para qualquer local fechado, como o ambiente de trabalho.

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