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Combate ao crack é central no Programa de Prevenção à Violência

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Existem cerca de 100 mil dependentes de crack no Rio Grande do Sul. A estimativa é do deputado federal e ex-secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, divulgada durante a conferência de abertura do II Fórum Estadual de Prevenção da Violência, promovido pelo governo do Estado hoje (22 de junho) e amanhã, no PUC/RS.

 

- Por dia, morrem de 6 a 8 pessoas vítimas do crack. É a maior epidemia e o seu combate está no centro do Programa de Prevenção da Violência -, afirmou Terra. Segundo o deputado, em 2002, 80% dos atendimentos do Hospital Psiquiátrico São Pedro eram relativos ao uso de álcool. Hoje, 80% dos casos são de dependência de crack.

 

Terra lembrou das ações que integram o PPV, vinculado ao programa estruturante Nossas Cidades, voltadas para a prevenção do uso da droga, tratamento dos já dependentes e reintegração social dos usuários recuperados.

 

- O PPV promove desde capacitação de equipes da Estratégia Saúde da Família, aumento dos leitos para dependentes químicos em hospitais gerais e dos CAPS especializados nesse atendimento, criação de vagas incentivadas pelo Estado em Comunidades Terapêuticas e parceria com prefeituras para criação de programas de reinserção social -, explicou.

 

Após a palestra "Das raízes da violência a uma questão de Saúde Pública", Terra mediou um painel com os especialistas Augusto de Franco e Dominic Barter, que discutiram sobre a construção de redes sociais e o papel de uma comunicação não violenta em um programa como o PPV. De Franco é autor de mais de vinte livros sobre desenvolvimento local, capital social, democracia e redes sociais. Barter é coordenador de projetos em Justiça Restaurativa para países de Língua Portuguesa do Centro Internacional de Comunicação Não-Violenta.

 

A programação seguiu com a apresentação da experiência do grupo cultural AfroReggae, do Rio de Janeiro, como exemplo de prática nacional na prevenção da violência. Fundado em 1993, a organização não governamental oferece atividades socioculturais para jovens moradores de favelas como forma de fortalecer sua auto-estima e contribuir para a construção de sua cidadania, longe dos caminhos da violência, do narcotráfico e do subemprego.

 

Amanhã (23), será a vez de conhecermos as experiências gaúchas, na I Mostra de Boas Práticas. Serão divulgados 58 projetos para a prevenção da violência executados por 25 municípios, Coordenadoria Estadual da Mulher, Comitê Estadual de Prevenção da Violência e parceiros, e pelas secretarias de Estado da Saúde, Segurança Pública, Cultura, Justiça e Desenvolvimento Social, Turismo Esporte e Lazer e Educação.

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