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Com visitas agendadas, 50 pessoas doaram sangue no Hospital Getúlio Vargas, em Sapucaia

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Sentados em cadeiras, dois homens doam sangue. Uma profissional de saúde acompanha um deles.
A sala de doações foi adaptada com assessoria técnica do Hemocentro

Durante décadas, para doar sangue, o motorista de ônibus Gelson Rovan da Silva, de 47 anos, precisava de se deslocar 35 quilômetros. É a distância que o morador de Sapucaia do Sul tinha de percorrer até  Porto Alegre, onde a doação acabava sendo feita. 

“Era cansativo e acabava perdendo quase todo o dia de trabalho”, disse. 

Nesta quinta-feira (17), no entanto, ele foi um dos primeiros voluntários atendidos no centro de captação de sangue no Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV). Inaugurada em dezembro em uma parceria entre o Hemocentro do Estado do Rio Grande do Sul (Hemorgs), prefeitura e a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas, que administra o hospital, a unidade teve o segundo dia de captações, com a previsão de receber 50 doadores até o final do dia. 

O posto é o primeiro a funcionar em um hospital em parceria com o Hemocentro. Os próximos serão em Frederico Westphalen, Bagé e Vacaria. Todos estão em processo de treinamento da equipe, segundo a coordenadora de captação Hemorgs, Gesiane Ferreira Almansa, 

Se no primeiro dia de captações os 40 voluntários eram todos militares do Exército e integrantes da Guarda Municipal, nesta quinta-feira, as doações foram agendadas. Foi, segundo o diretor do hospital, Tércio Erany Tedesco Junior, uma maneira de permitir que os doadores pudessem ser atendidos conforme a capacidade do centro de captação de sangue.

Ao chegar ao local, cada um deles tinha, primeiro, de fazer um cadastro. Passava depois por uma triagem com a equipe médica e de enfermagem, para saber se podia mesmo doar,  seguindo depois para a sala de doações. Foi o momento em que Gelson disse por que costuma ser doador: 

“Vim doar aqui porque agora existe essa ala e pela necessidade de ajudar o próximo”, contou, acrescentando “já ter perdido a conta” das vezes em que doou sangue. 

Novato nas doações de sangue, o montador de estruturas Lucas Rodrigues Ayres, 27 anos, passou pelo ritual pela primeira vez. “Recebi um convite e aceitei”, contou. “É importante fazer o bem a alguém”. 

Gesiane Ferreira aponta para uma sala. Lucas, com documentos na mão, ouve. Os dois estão de pé e de máscara.
Doador pela primeira vez, Lucas conversa com Gesiane Ferreira, do Hemocentro, antes de se cadastrar - Foto: Divulgação/ SES

A área ocupa uma espaço no térreo. Segundo o diretor-geral da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas, Tércio Erany Tedesco, a parceria com o Estado e prefeitura levou ao fim de uma espera de décadas pela população de que a coleta pudesse ser feita em Sapucaia. 

“O posto era uma demanda antiga da Associação Sapucaiense de Apoio aos Doadores de Sangue, que mobilizava todo mundo aqui para doar. Era uma coisa absurda: as pessoas se reuniam para ir de ônibus a Porto Alegre fazer doações. O Estado propôs um posto de coleta, foi simples de fazer”.

A sala foi adaptada com assessoria técnica do Hemocentro, recebendo uma câmara fria para estocar as bolsas de sangue, poltronas específicas para doação e equipamentos. Nos dias de doação, o Hemocentro dá apoio às atividades, fazendo o primeiro contato com os voluntários. 

“Quando assumimos a prefeitura, nos prontificamos a criar um banco de coleta, explicou o prefeito de Sapucaia do Sul, Volmir Rodrigues. ". Hoje, podemos receber 50 pessoas por dia”.

O próximo dia de doações está marcado para 24 de fevereiro, com mais 50 pessoas esperadas no HMGV.  

Hemocentro precisa de doadores

A Secretaria da Saúde  alerta a população para os baixos níveis dos estoques de sangue no Hemocentro , que abastece cerca de 40 hospitais da região, e pede doações de todos os tipos sanguíneos, especialmente O+ e O-. Uma doação de sangue é capaz de salvar até quatro vidas.

“A doação e o processamento do sangue são fundamentais para garantir a disponibilização de componentes sanguíneos às vítimas de acidentes ou aos pacientes em outras situações clínicas que requerem transfusão”, disse a coordenadora de captação de doadores do Hemorgs, Gesiane Almansa. Ela explicou que são necessárias cerca de 100 bolsas de sangue doadas todos os dias para suprir a demanda.

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