Acompanhante Terapêutico como agente de construção do SUS é tema de curso na Escola de Saúde Pública
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O curso de Acompanhante Terapêutico (AT), este ano em sua quinta edição, tem seu segundo módulo hoje (26) e amanhã na Escola de Saúde Pública(ESP), com o objetivo de capacitar trabalhadores para o acompanhamento de pacientes de qualquer idade em sofrimento psíquico. Participam mais de 50 profissionais de municípios inseridos como prioritários no Programa de Prevenção da Violência, que atuam como agentes de saúde ou em Residenciais Terapêuticos e hospitais psiquiátricos, entre outros. O evento é uma promoção da ESP e da Seção de Saúde Mental da Secretaria Estadual da Saúde.
Como prática de cuidado, o curso forma agentes que possam oferecer mais qualidade de vida a usuários com transtornos mentais e de comportamento, auxiliando-os na organização da vida diária, nas escolhas e nas possibilidades de circulação pela cidade. Além disso, o curso também visa à maior interação dos AT nas equipes de trabalho e maior entendimento deste para a construção do SUS. A capacitação terá seis módulos ao longo do ano, e nesta etapa fará a abordagem de temas como AT na diversidade: diferentes ciclos de vida, vulnerabilidades e transtorno; ética no cuidado, AT e violência, trabalho do AT - redes e cidades, AT como estratégia clínica, política e de gestão e oficina de escrita.
Uma das coordenadoras do curso, a psicóloga Vera Sebben, explica:
A proposta da iniciativa é que este seja um curso-intervenção, com a parte teórica associada à prática. Ao longo do curso, o AT fará o acompanhamento do usuário no seu serviço, colocando em prática os conhecimentos adquiridos, e elaborando um diário de campo, para a realização de projeto em AT e relatório final. Os servidores participantes das edições anteriores do curso já estão colocando em prática, em seus serviços, a política de humanização e o atendimento singular e individualizado. Este novo jeito de olhar possibilita resgatar as potencialidades de cada um - tanto do AT como do paciente, pois leva em conta não apenas a doença, mas as experiências e vivências de cada um.