Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria da

Saúde

Início do conteúdo

Ações de prevenção e anúncio de novos medicamentos para hepatite C marcam o dia de luta contra as hepatites virais

Publicação:

A imagem mostra o stand da Secretaria na frente do Mercado Público, em Porto Alegre. Na frente, algumas pessoas e profissionais de saúde.
Ações de prevenção foram realizadas no Largo Glênio Peres em Porto alegre - Foto: Bárbara Barros/SES-RS

A Secretaria Estadual da Saúde (SES), em conjunto com a Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre, disponibilizou testes gratuitos de hepatites, HIV e sífilis para as pessoas que circularam no Largo Glênio Peres, no centro da capital, nesta terça-feira (28). A ação marca o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais e busca alertar a população sobre a prevenção e a importância da testagem para o diagnóstico da doença. Também foi disponibilizada vacinação contra hepatite B, distribuição de preservativos e material informativo.

Os testes rápidos de hepatites B e C foram introduzidos no Estado no segundo semestre de 2013, como ferramenta para aumentar o acesso e facilitar o diagnóstico precoce da doença. Hoje, 71,83% dos municípios gaúchos realizam a ação. No segundo semestre de 2013, foram 13.705 testes realizados e, em 2014, 148.186. O Estado continua capacitando profissionais para atingir a meta de implantar testes rápidos em 100% dos seus municípios.

O Brasil avança também no tratamento da doença. A coordenadora do Programa Estadual de Hepatites do Rio Grande do Sul, Danielle Müller, representou a Região Sul do país em evento do Ministério da Saúde que apresentou uma nova terapia que aumenta as chances de cura e diminui o tempo de tratamento aos pacientes com hepatite C. A atividade ocorreu na segunda-feira (27), em Brasília. Composto pelos medicamentos daclatasvir, simeprevir e sofosbuvir, o novo tratamento estará disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) até dezembro deste ano. Também foi lançado o novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e Coinfecções.

As hepatites são causadas por diferentes vírus, como o A, B e C. O tipo A ocorre com maior frequência em locais com saneamento básico precário, pois se dá por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes que contenham o vírus ou ainda pelo contato direto com utensílios contaminados (como compartilhamento de escova de dentes). Os vírus  B e C são transmitidos principalmente por meio do sangue, sendo suas principais formas de contágio o compartilhamento de materiais cirúrgicos (ou de manicures, odontológicos ou de tatuagem), drogas injetáveis ou por relação sexual sem o uso de preservativo. A hepatite B também pode ser transmitida de mãe para filho durante o parto, a chamada transmissão vertical. O diagnóstico dos casos pode ser feito na Atenção Básica de Saúde e complementado nos Serviços de Atendimentos Especializados às Hepatites Virais. 


O Calendário Básico de Imunização Infantil prevê, desde 2104, a vacinação contra a hepatite A, disponível nas Unidades Básicas de Saúde, em dose única, para todas crianças aos 12 meses de idade (ou até menores de dois anos). A vacina pode ser administrada concomitantemente com outras do calendário de rotina.  Para a hepatite B, a vacina está disponível gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde para pessoas com menos de 49 anos e públicos de maior vulnerabilidade (gestantes, manicures, bombeiros, policiais, profissionais do sexo e pessoas portadoras de HIV). A imunização para este tipo de hepatite é realizada em três doses, com intervalo  de um mês entre a primeira e a segunda  aplicação, e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. Contra a hepatite C, ainda não há vacina.      
 
Clique no link abaixo para baixar o folder:

HEPATITES B e C PODEM SER TRANSMITIDAS DE DIVERSAS MANEIRAS
 
Sintomas e formas de prevenção   
Cansaço, febre, dor abdominal, tontura, enjoo ou vômito e icterícia são os sintomas mais comuns. Porém, é normal que pessoas portadoras de hepatites não apresentem nenhum desses sinais. Por isso, a consulta médica e a realização de exames são essenciais para o diagnóstico precoce, capaz de evitar complicações. A melhor forma de se evitar a doença é melhorando as condições de higiene e de saneamento básico, como por exemplo:
- Lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas e antes de comer ou preparar alimentos;
- Lavar bem, com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos:
- Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
- Não compartilhar utensílios pessoais;
- Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios para não comprometer o lençol d'água que alimenta o poço. Deve-se respeitar, por medidas de segurança, a distância mínima de 15 metros entre o poço e a fossa do tipo seca, e de 45 metros, para os demais focos de contaminação, como chiqueiros, estábulos, valões de esgoto, galerias de infiltração e outros.

Secretaria da Saúde