A doença aguda pelo zika é causada por vírus (ZIKV), do gênero Flavivirus, família Flaviviridae, identificada pela primeira vez no Brasil em 2015. Quanto ao ZIKV, até o momento são conhecidas e descritas duas linhagens do vírus: uma africana e outra asiática.

A principal forma de transmissão é pela picada da fêmea infectada do mosquito Aedes aegypti.

Outras formas menos comuns de transmissão são por meio de transfusão de sangue ou da grávida para o bebê (para essa situação, há material específico sobre Síndrome Congênita associada a infecção pelo vírus zika, que pode ser conferido clicando aqui).

Ainda, há evidências de que o vírus seja sexualmente transmissível. Não há transmissão por contato direto com um doente.

Abaixo, esquematização do ciclo de transmissão do vírus zika.

O tempo entre a picada do mosquito e o início dos sintomas é de 02 a 07 dias em média.

A pessoa doente fica com o vírus circulando no corpo, em fase chamada de viremia, este período ocorre a partir do início dos sintomas e vai até o 5° dia da doença.

Nessa fase, se uma fêmea do mosquito Aedes aegypti picar uma pessoa doente, ela vai ingerir o vírus juntamente com sangue e vai demorar de 08 a 12 dias para que consiga transmiti-lo. Depois disso, o mosquito fica transmitindo o vírus até o fim da vida, que pode chegar a 45 dias.

Estudos recentes indicam que mais de 50% dos pacientes infectados por zika apresentam os seguintes sintomas: febre baixa, manchas vermelhas na pele (podendo apresentar coceira), vermelhidão nos olhos e dor de cabeça. Esses sintomas duram de 04 a 07 dias.

A pessoa deve procurar um serviço de saúde, ingerir muita água e evitar uso de medicamentos por conta própria.

O serviço médico fornecerá as orientações necessárias para cada caso. Algumas informações gerais são importantes: repousar; passar repelente corporal (pois assim evita que o mosquito se infecte); utilizar roupas que cubram braços, pernas e pés (diminuindo as áreas disponíveis para o mosquito se alimentar); utilizar mosquiteiro, principalmente em pessoas acamadas. Em caso de gestante, comunicar a equipe de saúde de acompanhamento pré-natal.

O diagnóstico de casos suspeitos deve levar em consideração as questões clínicas (que são os sintomas) e epidemiológicas, como por exemplo, se o local de moradia ou trabalho é infestado pelo mosquito e/ou se existem outras pessoas com zika na região.

Os exames laboratoriais são auxiliares na investigação, e não é necessário saber o resultado para iniciar tratamento. Para essas suspeitas, podem ser realizados exames de laboratório que pesquisam a presença do vírus no corpo ou então anticorpos que reagiram à presença do vírus.

Não existe tratamento específico para zika, o manejo das pessoas doentes é realizado de forma a reduzir sintomas.

A zika pode ocasionar a morte.