Técnicos do Vigiagua apresentam resultados de 2016 e definem metas para o próximo ano
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Profissionais das áreas de vigilância das 19 Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS), do Laboratório Central do Estado e de laboratórios regionais participaram de reunião de coordenação do Programa Vigilância da Água para Consumo Humano (Vigiagua/RS) do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS/RS). A atividade, que iniciou na quarta-feira (16), encerrou nesta sexta-feira (18) no auditório do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde em Porto Alegre. O objetivo foi apresentar as principais ações desenvolvidas neste ano e debater as estratégias e projetos previstos para 2017.
Entre as ações desenvolvidas, está o projeto de avaliação da qualidade da água para consumo humano nas mais de 700 escolas rurais estaduais do Rio Grande do Sul, que será concluído em dezembro deste ano . A coleta das amostras foi iniciada em setembro de 2014. O projeto é em parceria com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e tem por finalidade avaliar a qualidade da água consumida por alunos destas escolas e também propor recomendações técnicas que atendam aos padrões de potabilidade estabelecidos pela legislação vigente (Portaria MS 2914/2011)
“No ano que vem, vamos apresentar os resultados consolidados deste projeto à Seduc para definirmos ações conjuntas que assegurem a qualidade e o padrão de potabilidade da água consumida pelos estudantes destas localidades”, destaca coordenadora do Programa Vigilância de Água para Consumo Humano (Vigiagua/RS), Julce Clara da Silva.
Por meio de ações contínuas das vigilâncias municipais, o projeto visa também evitar que a água traga riscos à saúde desta população e previna doenças de veiculação hídrica como diarréia, hepatite infecciosa, cólera, febre tifóide. Dados preliminares indicam que a maior parte destas escolas são abastecidas por fontes próprias, como poços artesianos e poços rasos. São analisadas duas coletas uma antes e outra depois da caixa d'agua para avaliar precisamente em que etapa do fornecimento do insumo estão as possíveis contaminações.
Foram apresentados ainda os resultados do curso de inspeção sanitária em sistemas de abastecimento de água para consumo humano dirigido a técnicos da Vigilância Ambiental em Saúde de municípios e do Estado. Por meio de informações técnicas, atividades em grupo e em campo, os participantes são capacitados para qualificar ações de inspeção e fiscalização que assegurem a qualidade da água em estações de tratamento e soluções alternativas coletivas de abastecimento para consumo humano. De maio a dezembro deste ano, quando será realizada a última capacitação do ano, o curso contabilizará oito edições e mais de 180 técnicos capacitados em municípios de todas as CRSs.
“Entre as metas definidas para o ano de 2017, está a de realizar novas edições do curso em todo o Estado. O objetivo é ampliar o número de municípios e técnicos capacitados e, com isso, aumentar o número de inspeções sanitárias e de coletas de amostra de água para análise”, antecipa Julce. Segundo ela, ficou definido ainda que a cada quadrimestre técnicos do Vigiagua vão avaliar e acompanhar junto com as regionais e os municípios os números de inspeções e amostras com o objetivo de qualificar ações.
Durante o encontro foi apresentado o plano de monitoramento de agrotóxico de 2017. Pelo planejamento, cada CRS deverá definir cinco municípios prioritários para realização da coleta e análise de amostras de água para consumo humano e avaliação da presença de agrotóxicos. Entre os critérios de seleção dos municípios estão percentual de produção agrícola, de agricultura familiar, de população residente em área rural. O material é enviado para análise na Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), no Rio de Janeiro.