Amanhã (19), às 9 horas, a presidente do Comitê da Ação Solidária, Tarsila Crusius, estará em visita às instalações do Centro de Aplicação e Monitoramento de Medicamentos Injetáveis (Cammi), localizado no Sanatório Partenon. O serviço foi implementado em 17 de setembro de 2003, sendo o pioneiro no Rio Grande do Sul a desenvolver serviços especializados no atendimento de doenças específicas de destaque buscando a racionalidade do uso de medicamentos. 

Essa iniciativa, adotada conforme a Coordenação da Política de Assistência Farmacêutica e representando as ações preconizadas pela Política Nacional de Medicamentos, colocou o Estado em posição de destaque nacional, com o acompanhamento do uso do Interferon Peguilado, utilizado no tratamento da hepatite C crônica. Em 2006, com o acrescente aprimoramento e qualificação técnica, o Cammi passou a atender também aos usuários do Interferon Alfa. 

O modelo de trabalho institucionalizado tem servido de referência para a implementação de outros serviços no Estado, que conta hoje com mais três centros, localizados no Grupo Hospitalar Conceição, em Pelotas e em Rio Grande.

Na área do ensino e pesquisa, o Cammi tem sido referência para a realização de projetos acadêmicos e de pesquisa para o setor público de produção de medicamentos, firmando parcerias importantes com a Fiocruz e com a UFRGS. Até agora, já passaram pelo serviço mais de 1.500 usuários.

Associar qualidade com menor custo aos cofres públicos é a grande finalidade do Cammi, que vem avançando na qualificação do atendimento por meio da adoção de práticas focadas no bemestar e satisfação do usuário, aliadas ao reconhecimento e à valorização da equipe multiprofissional, formada por farmacêuticos, enfermeira, técnicos de enfermagem, auxiliares administrativos e estagiários de enfermagem e farmácia. 

Uma importante inovação foi a inserção do profissional farmacêutico no atendimento direto dos pacientes, com a adoção do modelo de atenção farmacêutica como forma de monitorar as terapias medicamentosas e assegurar que o regime terapêutico seja seguro e efetivo.
   

O Cammi representa também a qualificação do uso do medicamento dos pacientes de hepatite C crônica pela otimização dos frascos de Interferon Peguilado. Antes de sua criação, o paciente não conseguia utilizar a sobra de sua medicação para aplicação semanal subsequente, pois após 24 horas   medicamento perde a validade e deve ser descartado, gerando prejuízo aos cofres públicos. Por meio do compartilhamento das ampolas e o monitoramento do medicamento, considerado de alto custo, o Cammi registra uma economia crescente ano a ano.

De cada quatro aplicações, uma não gera custos, obtendo uma redução de 20% de consumo por tratamento. Em 2008, foram poupados dos recursos destinados à saúde pública no Estado mais de R$ 1,7 milhão.