SES, EPTC e Santa Casa realizam simulação de escolta de órgãos na Semana Nacional do Trânsito
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Equipes da Secretaria Estadual da Saúde (SES), da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre realizaram nesta quinta-feira (21) uma simulação de escolta de órgãos, percorrendo ruas e avenidas da capital entre o Aeroporto Internacional Salgado Filho e o Hospital Dom Vicente Scherer, no complexo da Santa Casa. A atividade comemora à Semana Nacional do Trânsito, celebrada entre os dias 18 e 25 de setembro.
“Quando recebemos uma comunicação de potencial doador, quando é aberto um processo, já recebemos algumas informações clínicas e já vamos planejando de antemão com a EPTC a escolta, é algo muito dinâmico que muitas vezes leva poucas horas”, explica o médico regulador da Central de Transplantes da Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (SES), Ricardo Klein Ruhling. Em algumas situações, a escolta pode envolver também a Polícia Rodoviária Federal e/ou o Comando Rodoviário da Brigada Militar.
“Uma das nossas principais missões é salvar vidas e esse serviço que prestamos à sociedade. Nossas equipes realizam esse trabalho com muita agilidade garantindo a segurança no trânsito e para o órgão transportado”, destaca o diretor-presidente da EPTC, Pedro Bisch Neto. Em 2023, já foram realizadas 15 escoltas pela EPTC, duas a menos que em todo o ano passado.
“Para viabilizar a doação, lideramos um processo que envolve muitas etapas, sendo todas elas necessárias para a segurança dos envolvidos, mas que podem demandar bastante tempo para sua execução. Felizmente, o apoio de equipes externas à área da saúde na logística da doação, como ocorre com a equipe da EPTC facilitando o transporte dos órgãos, é fundamental para agilizar esse processo e permitir que o transplante seja realizado no menor tempo possível”, destaca a médica Fernanda Paiva Bonow, coordenadora da Organização de Procura de Órgãos da Santa Casa de Porto Alegre.
Transplantado cardíaco há três anos e nove meses , o assessor técnico da Central de Transplantes, James Cassiano, ressaltou a importância da doação de órgãos e do trabalho conjunto das equipes de saúde com a EPTC. "Acompanhar a chegada do órgão para transplante me trouxe a memória do dia 1º de janeiro de 2020 onde eu estava há seis meses hospitalizado esperando um coração e resgatou um pouco mais o amor e a emoção por esse momento", disse James.
Transplantes
No Rio Grande do Sul, em 2023, a captação de órgãos aumentou 33%, em relação ao mesmo período do ano passado. Entre janeiro e agosto de 2023, foram registrados 474 transplantes de órgãos e, até agosto deste ano, 884 transplantes de tecidos (córneas, ossos e pele). Os transplantes de rim (339) e de fígado (101) foram os dois tipos com maior número de procedimentos realizados.
De janeiro a agosto de 2023, a Central Estadual de Transplantes registrou que 494 órgãos foram captados de 186 doadores efetivos (cada doador pode doar mais de um órgão) para transplantes. O número poderia ser maior, se possíveis doações não fossem negadas pelas famílias de potenciais doadores que apresentam morte encefálica, condição essencial para doação.
No site da SES, há uma série de orientações para profissionais de saúde, doadores e receptores de órgãos. Também podem ser acessados dados sobre transplantes no Rio Grande do Sul, atualizados mensalmente.
Texto: José Luís Zasso/SES-RS